Por agora, as eleições intercalares de Novembro são o grande ponto de interesse no que diz respeito à política norte-americana. Um pouco por todo o país, várias centenas de candidatos já deram início às suas campanhas que, tradicionalmente, arrancam a todo o gás após o feriado do Labour Day, que tem lugar na primeira Segunda-feira de Setembro. Contudo, em plano secundário, outra disputa começa a desenrolar-se: a das presidenciais de 2012.
No campo republicano, os dois principais nomes, Mitt Romney e Sarah Palin, agendaram, recentemente, visitas ao estado do Iowa, onde, no início de 2012 decorrerá o primeiro momento das primárias republicanas, com vista à escolha do nomeado presidencial do GOP. E, como sempre acontece em eleições presidenciais, os potenciais candidatos são obrigados, desde cedo, a marcar presença nos estados decisivos, principalmente o Iowa e New Hampshire. Romney tem sido presença assídua nestes estados desde que deu início à sua falhada candidatura de 2008, mas para Palin, à excepção da sua tournée de apresentação do seu livro, esta viagem ao Iowa representa o primeiro grande indicador de que está mesmo a considerar correr para a presidência.
Além destas deslocações, os candidatos a candidatos presidenciais jogam ainda no tabuleiro das midterms, jogando uma complexa partida de xadrez, concedendo o seu apoio oficial a certos candidatos em estados-chave. Dessa forma, esperam apostar no "cavalo" certo de maneira a que esses políticos, uma vez no poder, devolvam o favor e sejam seus aliados quando chegarem os momentos decisivos da disputa pela nomeação republicana, em 2011 e 2012.
Mas, se Mitt Romney e Sarah Palin são os nomes mais falados no que a este tema diz respeito, a verdade é que a batalha pela nomeação do GOP parece mais aberta do que nunca. Uma straw poll (uma sondagem informal) que se realizará no fim deste mês, organizada por uma organização ligada ao Partido Republicano, tem no boletim de voto nada menos que 17 políticos para consideração dos votantes. E, ainda assim, alguns nomes, como John Thune ou Haley Barbour, ficaram de fora.
Não é normal que, no fim do primeiro mandato de um presidente, surja um tão grande número de potenciais opositores, mas, com Obama a parecer vulnerável, muitos dos políticos do GOP que pensariam lançar-se apenas em 2016, põem, agora, seriamente a hipótese de avançar já em 2012. Porém, com tamanha indefinição no lado republicano, teremos de esperar pelo fim das eleições intercalares, e provavelmente por 2011, para se começar a ter uma melhor noção de quem serão os grandes candidatos a enfrentarem Barack Obama no Outono de 2012.
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