Esta semana, a revista conservadora The Weekly Standard dedicou o seu artigo de capa a John Thune. Pelo artigo, fica bem explícito que o senador republicano pelo Dakota do Sul irá candidatar-se à presidência americana em 2012. Desde o início do ano, quando se percebeu que Thune iria concorrer à sua reeleição ao Senado sem adversário, ficando assim com muito tempo e dinheiro livre, que se especulou que o senador do GOP poderia pensar numa corrida presidencial. E, agora, esse cenário parece confirmar-se.
Thune será sempre um candidato a ter em conta. É um senador popular e com bons contactos no establishment republicano, tendo mesmo já recebido o apoio por parte do líder da minoria no Senado. É também um verdadeiro fiscal conservative, tendo votado contra os pacotes de estímulo à economia, e, a nível social, é pro-choice e opõe-se ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Por fim, tem uma boa figura, o que é sempre uma vantagem nas campanhas presidenciais americanas.
Contudo, Thune está há seis anos no Senado. Antes disso, passou outros seis na Câmara dos Representantes e, entre 2002 e 2004, trabalhou como lobbyist. Assim, numa altura em que o sentimento anti-Washington é mais forte do que nunca, especialmente entre o eleitorado republicano, John Thune terá algumas dificuldades para se distanciar da política que se faz na capital americana. Depois, tem ainda um perfil relativamente pouco conhecido a nível nacional e falta-lhe também um tema forte que defina a sua mensagem - está, porém, a começar a focar-se na redução do défice.
Se John Thune, com apenas 49 anos e boas perspectivas de futuro no Partido Republicano, avança já em 2012, é porque a disputa pela nomeação republicana está mais aberta do que nunca e porque Barack Obama parece vulnerável e possível de derrotar no fim do seu primeiro mandato. Desta forma, este passo em frente do senador do Dakota do Sul pode despoletar maiores movimentações no interior do GOP, em particular depois das eleições intercalares.
Mesmo que perca a nomeacao republicana, sera sempre um candidato fortissimo a entrar no ticket republicano como vice presidente.
ResponderEliminarSim, mas isso depende sempre de quem estiver no topo do ticket. E Thune tem uma pequena desvantagem que pode influenciar essa decisão: o South Dakota tem apenas 3 votos eleitorais e não estará, à partida, em jogo nas eleições de 2012.
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