segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Mais um flip flop de Romney

Não há dúvidas que Mitt Romney é, actualmente, o grande favorito a obter a nomeação presidencial pelo Partido Republicano. O antigo Governador do Massachusetts tem liderado uma campanha regular, consistente e sem grandes erros. Ainda assim, Romney tem algumas vulnerabilidades, nomeadamente a sua fama de flip-flopper, ou seja, de mudar constantemente de opinião relativamente a um determinado tema.
Recentemente, Mitt Romney voltou a ser apanhado numa contradição. Há alguns meses, e contrariando a opinião expressa da grande maioria dos seus opositores nas primárias republicanas, Romney afirmou acreditar que o aquecimento global é um fenómeno real e provocado por acção humana. Contudo, recentemente, o ex-Governador do Massachusetts afirmou, num evento de campanha, que não sabe o que está a causar o aquecimento global e que gastar triliões de dólares para tentar diminuir as reduções de CO2 não é correcto.
Se Romney já é propenso a este tipo de volte-faces, então numa corrida à Casa Branca, onde um candidato presidencial é normalmente forçado a encostar ao extremo ideológico do seu partido, de forma a agradar às bases que o elegem, para, meses depois, regressar ao centro para atrair o eleitorado independente que decide eleições, o cenário é ainda mais complicado. 
Assim, com esta tomada de posição, Mitt Romney vai de encontro ao que o núcleo duro dos eleitores republicanos querem ouvir. Todavia, as implicações de mais uma ronda de acusações de ser flip-flopper podem ser -lhe bastante prejudiciais, já para não falar dos eleitores independentes que alienará na eleição geral. Desta forma, parece-me que os custos suplantam largamente as vantagens e que Romney sai a perder de mais uma mudança de opinião. Até porque os eleitores, mesmo que não concordem com a sua posição, respeitam um político que defende aquilo em que acredita. O que não é o caso de Mitt Romney.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A reacção de Obama

Barack Obama tem vivido tempos difíceis, com a sua popularidade a atingir, muito recentemente, os seus níveis mais baixos de sempre. Todavia, o Presidente dos Estados Unidos parece estar a esboçar uma reacção a esse mau momento, montando uma nova investida de forma a reconquistar os eleitores, principalmente os independentes, que votaram em si em 2008, mas que agora estão descontentes com a forma como tem liderado a nação norte-americana.
Na Sexta-feira passada, Obama anunciou a retirada total dos militares americanos do Iraque, cumprindo um acordo que o seu antecessor havia formado com a liderança iraquiana e uma promessa sua que remontava à sua campanha eleitoral, quando prometeu transferir recursos do Iraque para a mais consensual guerra no Afeganistão. Com esta decisão, Barack Obama deverá retirar dividendos políticos, pois o conflito iniciado em 2003, através da operação Iraqui Freedom é já há muitos anos altamente impopular, tendo já ceifado milhares de vidas americanas e obrigado a enormes gastos monetários que contribuíram para o actual défice do Estado Federal. Assim, mesmo que após a saída das tropas norte-americanas do território iraquiano se verifique um aumento da violência no terreno, dificilmente Obama verá a opinião pública a recriminá-lo pela sua decisão de retirar daquele país do Médio Oriente. E, se juntarmos a retirada do Iraque às várias eliminações de inimigos dos Estados Unidos que decorreram durante a administração Obama (com Bin Laden à cabeça), chegamos à conclusão que o actual Presidente será praticamente imbatível em questões de política externa quando tiver que enfrentar o eventual nomeado republicano.
Contudo, as matérias de política externa são um caso completamente diferente e bastante mais decisivo, já que a economia será certamente o tópico que dominará a campanha eleitoral do próximo ano. Durante muito tempo, Barack Obama foi criticado por dar menos importância às questões da economia e do emprego do que seria desejável na actual conjuntura mundial. Mas, agora, o Chefe de Estado americano parece querer contrariar essas criticas. Os seus périplos por vários locais dos Estados Unidos mais afectados pela crise económica (mas também Estados ou distritos decisivos nas eleições presidenciais) provam a sua vontade em demonstrar que está empenhado na melhoria da situação económica do país. 
Nessas viagens, Obama promoveu o seu plano de combate ao desemprego. Plano esse que foi bloqueado no Senado, tendo todos os senadores republicanos votado contra (além de três fragilizados democratas). Esse era um desfecho previsível, mas ainda assim a Casa Branca não abdicou de forçar a sua votação no Congresso, sabendo que dessa forma teria mais possibilidades de caracterizar a oposição como uma força de bloqueio que impede qualquer iniciativa democrata unicamente por motivos políticos. Essa estratégia, principalmente numa altura em que a taxa de aprovação do Congresso anda pelas ruas da amargura, não chegando sequer aos single digits, é bem capaz de ser uma das mais acertadas e com mais possibilidade de êxito.
Finalmente, Obama utiliza o facto de os norte-americanos, apesar de não estarem satisfeitos com o seu trabalho, ainda gostarem de si pessoalmente para marcar pontos em situações onde se sente como peixe na água, como é bom exemplo a sua presença, ontem, no Tonight Show, de Jay Leno. Nesse registo, Obama consegue soltar-se e lembrar aos eleitores americanos as razões que os levaram a votar nele, em 2008. Contudo, a principal dúvida é se estes factores serão suficientes para os convencer a fazer o mesmo, mas em 2012.


sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Cartoon: Occupy Wall Street

Mais um excelente cartoon com a chancela do Politico. M Wuerker acerta na mouche, ao recordar que as verdadeiras consequências políticas advêm da participação política e eleitoral. Os manifestantes de Wall Street têm feito sucesso e são a voz de um grande número de norte-americanos (e não só) descontentes com a actual desproporção de rendimentos e concentração de riqueza num cada vez mais reduzido número de pessoas. Contudo, se não traduzirem esse descontentamento com uma plataforma política concreta, seja apresentando-se a eleições ou apoiando os candidatos da sua preferência, nunca verão as suas preces serem atendidas. Afinal, foi dessa forma que os movimentos Tea Party, cujo exemplo é muitas vezes comparado a este novo fenómeno, conseguiram o seu lugar de destaque no mundo político e social dos Estados Unidos da América.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Herman Cain lidera no Iowa

Os caucuses do Iowa já têm data marcada - 3 de Janeiro - e, a dois meses e meio de distância desse momento que dará início às primárias presidenciais, saiu hoje uma sondagem da Rasmussen sobre as intenções de voto entre os eleitores republicanos desse Estado que se traduziu nos seguintes resultados:

Herman Cain - 28%
Mitt Romney - 21%
Ron Paul - 10 %
Newt Gingrich - 9%
Michelle Bachmann - 8%
Rick Perry - 7%
Rick Santorum - 4%
John Huntsman - 2%

Em primeiro lugar, importa sublinhar a liderança destacada de Cain, que confirma o excelente momento que a sua campanha atravessa. Romney também continua em boa posição, porque, apesar de ter sido relegado para a segunda posição, esse é um resultado que não desdenharia conseguir num Estado onde os eleitores mais conservadores são dominantes. A meio da tabela não há novidades, com Paul, Gingrich e Bachmann a obterem números considerados normais. Contudo, logo a seguir, Perry surpreende pela negativa, ao surgir num distante sexto lugar e com apenas 7% dos votos, o que parece indicar que a sua campanha está em queda vertiginosa. Na cauda do pelotão continua Santorum, que nem no Iowa, onde o seu conservadorismo social lhe poderia granjear maiores simpatias, consegue números razoáveis, e Huntsman, que, precisamente pelos motivos contrários, nunca esperaria bons resultados no hawkeye state.  
Contudo, para já, estamos apenas a analisar números teóricos que nos chegam através de sondagens. Daqui a 75 dias, aí sim, saberemos os resultados que verdadeiramente contam. Já não falta muito...

"O regime de Khadafi chegou ao fim"

Foi assim que Barack Obama reagiu à morte de Muammar Khadafi, o ditador líbio que foi hoje morto pelas forças rebeldes que se insurgiram contra o seu regime que durava há mais de 40 anos.  O Governo dos Estados Unidos também canta vitória, pois a participação militar da NATO, iniciada sob liderança norte-americana, foi decisiva para a queda do regime líbio. 
Em menos de seis meses, os Estados Unidos viram desaparecer três grandes inimigos, depois das mortes de Bin Laden, al-Awlaky e, agora, Khadafi, o que comprova, uma vez mais, a senda de sucessos da actual administração no que diz respeito à política externa. Sobre isto, Andrew Sullivan diz que se Obama fosse republicano já teria lugar no Mount Rushmore. É um exagero, mas sem dúvida que na campanha presidencial que se avizinha, o candidato democrata não pode ser acusado de ser soft on terror. É que em questões de defesa e segurança Obama já provou, e de que forma, ser bastante tough.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

O fenómeno Cain estará para ficar?

Hermain Cain está definitivamente em alta. Quando a maioria dos analistas o considerava pouco mais que um sideshow nesta corrida presidencial, eis que o georgiano surpreende meio mundo ao intrometer-se na luta pela nomeação, chegando já a liderar a corrida em algumas sondagens nacionais e também no importante Estado do Iowa.
Contudo, esta ascensão quase meteórica nas sondagens com que Cain se colou a Romney no topo dos favoritos não é um fenómeno sem precedentes. Anteriormente, já Donald Trump, Michelle Bachmann e Rick Perry viveram experiências semelhantes, tendo-se colocado, em diferentes momentos, como a grande sensação da corrida. Porém, em todos esses casos o momentum conseguido foi de pouca dura e seguido de uma rápida e substancial descida nas sondagens.
Curiosamente, essas várias oscilações nas sondagens não afectaram Mitt Romney, que tem mantido valores constantes e quase inalteráveis. Assim, parece que o núcleo duro de votantes em Romney está já encontrado, enquanto que o grosso dos eleitores republicanos, que ainda desconfiam do político com raízes no Nordeste americano, continua à procura de uma alternativa viável, dando o seu apoio a quem parecer no momento o melhor colocado para bater Romney e, depois, enfrentar Obama na eleição geral.
Assim sendo, é minha convicção que Herman Cain não será o nomeado republicano, apesar da sua mensagem anti-Washington, anti-política e anti-establishment soar muito bem a um grande grupo do eleitorado na conjuntura actual. De facto, deverá suceder a Cain o mesmo que aos exemplos anteriormente citados  (ainda que Perry seja um caso diferente e ainda possa recuperar) e a visibilidade e responsabilidade acrescidas, consequências do seu novo estatuto na corrida, mostrarão que não está preparado para assumir a Presidência dos Estados Unidos. Aliás, essa dinâmica pode já ter começado no Domingo passado, quando no programa televisivo Meet the Press, Cain afirmou não estar familiarizado com o conceito de neoconservadorismo, tirada que trouxe à memória Sarah Palin e o seu desconhecimento sobre a doutrina Bush.
Ninguém tem dúvidas de que Herman Cain tenha agora alcançado um lugar de destaque na disputa pela nomeação republicana. Todavia, a sua campanha entra agora numa nova fase e a tarefa que tem pela frente - manter-se no topo e mostrar ser um candidato viável - é bem mais complicada. E o antigo CEO de uma cadeia de pizzarias tem hoje um novo teste, em mais um debate televisivo, eventos onde até se tem saído bastante bem.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Money, money, money!

Barack Obama continua a descer nas sondagens, o que indica que a sua reeleição não se afigura como uma tarefa nada fácil. Contudo, é ainda muito cedo para afirmar que Obama será um Presidente de um só mandato. Isto porque, além da vantagem óbvia a nível de estatuto (o selo presidencial é uma arma formidável), o antigo Senador do Illinois conta ainda com uma grande vantagem a nível financeiro relativamente aos seus adversários republicanos.
Se atentarmos aos números divulgados pela campanha sua campanha, vemos que a candidatura de Obama conseguiu amealhar, no terceiro trimestre de 2011, uns fantásticos 42 milhões de dólares. Mais: se somarmos a estes números os valores que o Democratic National Committe angariou no mesmo período chegamos ao estonteante resultado de 70 milhões de dólares que Obama poderá utilizar na sua campanha de reeleição. A discrepância entre a capacidade financeira do candidato democrata e dos seus oponentes fica totalmente clara quando se percebe que o dinheiro angariado pelo Presidente ultrapassa largamente as somas de todos os concorrentes republicanos em conjunto! Além disso, é preciso não esquecer que os republicanos que estão na corrida à Casa Branca têm de lutar em duas frentes, primárias e eleição geral, enquanto que Obama poderá concentrar os seus recursos na eleição geral.
Já em 2008 Barack Obama se mostrou um formidável angariador de fundos, o que o levou mesmo a abdicar das contribuições públicas para a campanha, optando pelo financiamento privado, indo contra uma sua promessa anterior. Na altura, Obama angariou cerca de 750 milhões de dólares, mas, agora, espera-se que consiga atingir os mil milhões, o que, numa altura de crise, seria algo de incrível (para não dizer obsceno). Historicamente, a angariação de fundos era tradicionalmente uma vantagem dos candidatos republicanos,  fruto da maior proximidade do GOP com o mundo empresarial. Contudo, desta vez, a vantagem está no lado democrata.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Debate confirma a tendência da corrida

Ontem à noite, em New Hampshire, decorreu mais um debate entre os candidatos presidenciais republicanos. Este, organizado pelo Washington Post e pela Bloomberg, foi muito semelhante aos anteriores (em conteúdo, já que adoptou um formato diferente, em jeito de mesa redonda) e confirmou a actual tendência da corrida rumo à nomeação presidencial.
Mitt Romney esteve, mais uma vez, irrepreensível e voltou a ser o vencedor da noite. Sem erros, beneficiou ainda de uma certa timidez (ou temor) dos seus adversários, que não foram capazes de o atacar eficazmente. Na verdade, o antigo Governador do Massachusetts parece estar a um nível acima da concorrência, o que não pode ser dissociado do facto de já ter tentado a sua sorte em 2008 e de ter passado os últimos cinco anos a concorrer à Presidência dos Estados Unidos.
Por sua vez, Rick Perry repetiu mais uma prestação medíocre, parecendo pouco à vontade e sem novas armas para voltar a mudar o rumo da campanha a seu favor. As expectativas que cria para as suas presenças em debates são agora baixíssimas, mas nem assim é capaz de as superar. Não foi terrível, mas certamente que não será assim que ameaçará o estatuto de Romney. Aliás,o seu segundo lugar parece agora estar inclusivamente em risco, fruto de uma fulgurante recuperação de Herman Cain.
Cain é, de facto, a figura do momento na campanha republicana, surgindo já na primeira posição em algumas sondagens, e a sua prestação no debate de ontem pode contribuir para o seu momento positivo. Depois de Romney, Cain foi quem esteve melhor no encontro de New Hampshire, apostando forte no seu programa fiscal denominado plano 9-9-9, que promete tornar-se um dos mais fortes soundbytes da campanha. Se Rick Perry não tiver cuidado, Herman Cain pode mesmo colocar-se como a maior alternativa a Romney.
Por fim, naquilo a que podemos chamar de "resto do grupo", Newt Gingrich foi quem mais brilhou, mantendo o seu tom provocador e polémico, chegando mesmo a sugerir que os democratas autores da reforma financeira deviam ir presos. Ron Paul, Rick Santorum e John Huntsman estiveram discretos e não me parece que ainda possam ressurgir em força na campanha de 2012 (mas o mesmo já foi dito sobre Herman Cain). Finalmente, Michelle Bachmann, cuja campanha parece estar quase sem oxigénio, esteve muito distante das suas excitantes prestações nos primeiros debates e não entusiasmou ninguém, provavelmente nem ela própria. 
Está assim cumprido mais um debate na quase interminável lista deste tipo de eventos que terão lugar durante a grande maratona que é a campanha presidencial nos Estados Unidos - estão ainda marcados mais onze debates, até Março de 2012. Por agora, a sua importância é relativa, mas, com o aproximar das primárias, as suas audiências e, consequentemente, o impacto nos eleitores, aumentarão significativamente.

Christie apoia Romney

Mitt Romney continua a amealhar pequenas vitórias e é cada vez o maior favorito a conseguir a nomeação republicana. Ontem, recebeu o importante apoio de Chris Christie, o popular Governador de New Jersey e que até à semana passada era um possível candidato presidencial. Este apoio chega relativamente cedo na campanha eleitoral, já que é normal as candidaturas guardarem este tipo de anúncios de peso para uma fase mais avançada da corrida, de forma a que tenha um maior impacto nas primárias. Contudo, desta forma, o apoio de Christie dá credibilidade a Romney e demonstra aos eleitores republicanos que o GOP está rapidamente a mobilizar-se em torno do antigo Governador do Massachusetts. Além disso, Chris Christie pode também ajudar Romney junto do eleitorado mais conservador, que parece ter ainda bastantes reservas a seu respeito. É certo que faltam ainda quase três meses para o início das primárias, mas, para já, Romney parece muito bem lançado.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Barómetro 2012 - Update Outubro

Barack Obama Os índices de aprovação do seu trabalho continuam em queda, atingindo já valores bastante preocupantes. Porém, a sua capacidade de angariação de fundos mantém-se em níveis recordes e os seus sucessos de política externa sucedem-se. A sua reeleição está longe de estar garantida, mas continua um formidável adversário para qualquer candidato republicano.
Mitt Romney Com Perry a perder fulgor e sem Chris Christie na corrida, o antigo Governador do Massachusetts é cada vez mais favorito a conseguir a nomeação. Até ao momento tem liderado uma campanha praticamente imaculada.
Newt Gingrich Tem subido ligeiramente nas sondagens e procura agora cativar Sarah Palin e os seus mais fieis seguidores. Prepara-se para lançar um novo Contrato para a América, à imagem do programa que em 1994 permitiu ao GOP reconquistar o Congresso e a Gingrich tornar-se Speaker. Veremos se em 2012 terá o mesmo sucesso.
John Huntsman Cada vez aposta mais (ou mesmo tudo) nas primárias do New Hampshire, onde as características dos eleitores podem favorecer as suas posições mais moderadas. Mas, apesar de algumas sondagens terem sugerido que estava a ganhar tracção no granite state, a sua candidatura é um (very) long shot.
Rick Santorum A candidatura de Santorum nunca criou expectativas muito elevadas. Contudo, o antigo Senador da Pensilvânia tem realizado uma campanha cinzenta e pouco entusiasmante. Por isso, não admira que não deixe os últimos lugares nas sondagens.
Rick Perry Depois de uma entrada triunfante na corrida, o Governador do Texas tem cometido erros, em especial nos debates, que puseram um fim à sua ascensão meteórica. Contudo, com vastos recursos financeiros ao seu dispor e sem Palin na corrida, Perry é ainda o principal adversário de Romney.
Michelle Bachmann Continua a descer a pique nas sondagens e parece que os tempos de fulgor onde parecia bem encaminhada para uma vitória no caucus já ficaram para trás. Para piorar as coisas, a campanha da congressista do Minnesota poderá estar com problemas financeiros, o que põe em perigo a viabilidade da sua candidatura.
Ron Paul A seguir aos dois frontrunners, Romney e Perry, é quem angaria mais dinheiro. Contudo, as suas posições em política externa, como quando pede a demissão de Obama pela morte de um líder da Al-Qaeda que é cidadão norte-americano, prejudicam-no junto do tradicional eleitorado republicano.
Herman Cain A vitória na straw poll da Florida e as boas prestações nos debates deram um novo ímpeto à sua candidatura. De forma algo surpreendente, Cain tem ressurgido em força nas sondagens que o colocam nos primeiros lugares.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Morreu Steve Jobs

"A morte é muito provavelmente a melhor invenção da vida"
Faleceu, ontem, aos 56 anos, o lendário fundador da Apple, Steve Jobs, vítima de um cancro no pâncreas. Ficará para a história como um dos mais bem sucedidos empresários no ramo da informática e como um visionário na área das tecnologias. Barack Obama, ele próprio um entusiasta dos gadgets da Apple, já lamentou a morte de Jobs, que apelidou de "um dos maiores inovadores norte-americanos".

Palin não vai a jogo

Sarah Palin não será candidata à Presidência dos Estados Unidos, segundo a própria anunciou ontem, via Fox News. Termina assim o grande último tabu relativo à corrida à Casa Branca de 2012, depois de a antiga Governadora do Alasca ter por várias vezes adiado o anúncio da sua decisão. Agora, com Palin definitivamente fora da luta pela nomeação, reduzem-se os motivos para folclores e especulações em torno da campanha republicana. Contudo, desengane-se quem pensar que Palin estará afastada do cenário, pois o seu endorsement será um dos mais disputados pelos candidatos presidenciais do GOP.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Christie out; Romney up

Apesar da mais recente vaga de pressão para que reconsiderasse e entrasse na disputa pela nomeação republicana, Chris Christie optou por ficar de fora da corrida à Casa Branca, conforme anunciou, ontem, numa conferência de imprensa em New Jersey. Afastou ainda a possibilidade de poder vir a ser o candidato vice-presidencial do seu partido, mas não pôs de parte uma candidatura no topo do ticket em 2016.
Com esta decisão do Governador de New Jersey, que até era previsível, parece que está encontrada a composição final do leque de candidatos republicanos à Presidência dos Estados Unidos. Com o aproximar dos prazos de candidatura às primárias de alguns Estados, dificilmente teremos mais alguém a entrar na corrida. Isto apesar de voltarem a surgir rumores relacionados com Sarah Palin, depois de uma firma de advogados com ligação à running mate de John McCain em 2008 ter alegadamente sondado alguns dos early states relativamente aos prazos de inscrição nas suas primárias. Contudo, dificilmente Palin entrará na corrida, já que o seu espaço político está já ocupado por candidatos como Michelle Bachmann ou Rick Perry, mas até porque a maioria dos republicanos não a quer ver entrar na corrida.
Após a recusa de Chris Christie, parece que os eleitores republicanos terão mesmo de se contentar com os concorrentes já conhecidos, sendo certo que Mitt Romney e Rick Perry são os grandes favoritos a selarem a nomeação pelo GOP. Todavia, o principal beneficiado da decisão de Christie é mesmo Romney, que teria no Governador de New Jersey um concorrente directo pelos mesmos grupos eleitorais onde, actualmente, não tem quase oposição: os republicanos moderados, os independentes e os eleitores do Nordeste norte-americano. Assim, e apesar de estarmos ainda muito longe de poder fazer previsões, parece que Mitt Romney está cada vez em melhor posição para ser o adversário de Barack Obama, em Novembro de 2012.