sábado, 30 de abril de 2011

Barómetro 2012 - Update

Barack Obama Alguns comentadores afirmaram que Obama cedeu aos conspiracionistas quando divulgou o seu certificado de nascimento, mas o actual inquilino da Casa Branca mostrou-se responsável e presidencial aos olhos dos cidadãos americanos.
Mitt Romney A reforma da saúde que aprovou enquanto Governador do Massachussetts continua a assombrar as suas hipóteses nas primárias republicanas. Porém, os números que obtém no New Hampshire e no Nevada continuam sólidos.
Mike Huckabee Pressionado pela FOX para se decidir, aumentam os rumores de que poderá voltar a ser candidato. Se assim for, a sua força no Iowa e na Carolina do Sul tornam o antigo Governador do Arkansas uma força a ter em conta.
Newt Gingrich Está para breve, via redes sociais, a comunicação da sua candidatura. Bem precisa de se fazer notar, já que tem estado longe dos destaques mediáticos nos últimos tempos.
Sarah Palin  O seu novo site deu que falar, mas a verdade é que não tem nenhuma estrutura de apoio nos principais Estados para as primárias.
Tim Pawlenty  A sua campanha está já bem estruturada e em pleno andamento. Contudo, continua sem conseguir afirmar-se a nível nacional.
Haley Barbour  Anunciou formalmente que não vai concorrer. Menos um nome nesta lista.
Mitch Daniels  Com Barbour fora da corrida, é bem possível que o Governador do Indiana avance e com largo apoio do establishment republicano.
John Huntsman  De regresso da China, onde foi embaixador nos últimos anos, prepara o arranque oficial da sua campanha presidencial.
Rich Santorum Tem já uma mensagem bem definida, apostando em atacar alguns pontos vulneráveis de Obama, como a reforma da saúde e o envolvimento americano na Líbia.
Chris Christie  É uma estrela no seio do Partido Republicano, mas as sondagens indicam que os seus próprios constituintes não têm uma imagem positiva do Governador de New Jersey.
Donald Trump  Está em alta nas sondagens e declarou vitória por ter obrigado Obama a revelar o seu certificado de nascimento.
Michelle Bachmann Perdeu o tema birth certificate e algum terreno entre o eleitorado mais conservador para Donald Trump.
Ron Paul  Voltará a ser candidato em 2012, porventura a abrir caminho para a candidatura do filho, Rand, em 2016 ou 2020. É o herói dos libertários norte-americanos.
Herman Cain Manteve-se irrelevante.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Obama acaba com as dúvidas

Desde que Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos, uma teoria da conspiração (um fenómeno tão norte-americano) segundo a qual Obama não teria nascido no país e, como tal, não era elegível para o cargo mais importante da nação, animou algumas facções do Partido Republicano. Apesar de repetidas e diversas investigações terem provado a falsidade de tais acusações, a verdade é que a história não desapareceu e, recentemente, tinha mesmo voltado a merecer renovadas atenções, em especial depois de Donald Trump ter feito desse tema o seu principal tópico de pré-campanha eleitoral. Contudo, hoje, Barack Obama acabou com todas teorias conspirativas, ao divulgar o seu certificado de nascimento.
Politicamente, esta é capaz de não ter sido a melhor estratégia para a reeleição de Obama, já que seria preferível deixar este assunto ser tema de debate durante as primárias republicanas, de forma a ridicularizar os candidatos do GOP perante o eleitorado. Contudo, e segundo o Chefe de Estado norte-americano, este fait-diver estava a distrair a sociedade americana de assuntos verdadeiramente importantes, o que terá levado Obama a acabar de vez com as dúvidas em torno da sua naturalidade. 
A reacção de alguns dos mais proeminentes republicanos tem sido díspar. Enquanto que alguns conhecidos birthers, como o próprio Donald Trump, declaram vitória por terem forçado o Presidente a divulgar o seu certificado de nascimento, já o establishment do GOP, na figura do Representante Eric Cantor, prefere criticar a Casa Branca pela importância atribuída a este assunto. Ou seja, mesmo depois de terminadas as dúvidas, o birth certificate de Barack Obama continua a dar que falar nos Estados Unidos. Numa altura em que a nação americana e o mundo atravessam tantos desafios, esta é mais uma prova que na discussão política o acessório ofusca, frequentemente, o essencial.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

As previsões da bola de cristal de Larry Sabato

A cerca de ano e meio de distância das eleições presidenciais de 2012, continuam a surgir as primeiras previsões dos principais especialistas. Hoje foi a vez de Larry J. Sabato apresentar, na sua bola de cristal, o  primeiro ponto de situação, através do mapa de cima. Esta é uma previsão segura, sem surpresas e que pode ter duas leituras. Enquanto que Barack Obama tem motivos para estar optimista relativamente à sua reeleição se contar como certos os Estados que surgem como likely e lean, o que lhe daria uma vantagem de 247 contra 180 votos eleitorais, já os republicanos terão mais razões para sorrir se olharem para os Estados lean como potenciais alvos de disputa, o que reduz a margem democrata para 196-170 votos eleitorais. Recordo que são 270 os votos eleitorais necessários para a vitória numa eleição presidencial nos Estados Unidos.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

O risco do GOP

Na passada Sexta-feira, a maioria republicana na Câmara dos Representantes aprovou um projecto para o orçamento federal que prevê um corte de 5.8 triliões (!) de dólares na despesa, durante a próxima década. Entre as medidas que seriam tomadas para diminuir a dimensão do Estado encontram-se cortes nos programas federais de assistência de saúde aos idosos (Medicare) e aos mais pobres (Medicaid). Ora, tem sido precisamente em torno destes dois programas que se tem concentrado a discórdia e a polémica entre os dois partidos. Na votação da Câmara dos Representantes, a divisão foi notória, já que todos os democratas votaram contra o plano do congressista do GOP Paul Ryan, enquanto que apenas quatro republicanos quebraram a disciplina partidária e se opuseram a esta proposta. 
É de esperar que a votação da semana passada, assim como o plano de Paul Ryan, seja um dos tópicos mais presentes na cada vez mais próxima campanha de 2012. Ao proporem-se reduzir o Medicare e o Medicaid, dois programas muito populares entre os norte-americanos, os republicanos arriscam-se a sofrer tanto ou mais danos eleitorais do que os democratas sofreram em 2010, devido à impopular reforma da saúde que fizeram aprovar no ano passado. Além disso, os democratas passam a contar com uma importante bandeira eleitoral, que poderão e deverão utilizar durante a campanha para as eleições presidenciais e legislativas contra os candidatos republicanos. Este é um grande risco assumido pelo GOP, com consequências que apenas o futuro ditará.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Palin surpreende

Quando parecia quase certo que Sarah Palin não iria concorrer à presidência dos Estados Unidos da América em 2012, eis que a antiga Governadora do Alasca lança, hoje mesmo, o seu renovado site, com uma imagem atractiva e um espaço dedicado à angariação de contactos de apoiantes e simpatizantes. Este é um passo tradicional para um político que prepara uma candidatura eleitoral e é o mais sério sinal enviado nas últimas semanas por Palin que indicia uma possível entrada na corrida à Casa Branca. De momento, as intenções de Sarah Palin continuam a ser de difícil análise, mas o melhor é não riscarmos, desde já, o seu nome da lista de possíveis candidatos ao cargo mais importante do mundo.

sábado, 16 de abril de 2011

Obama volta a descer

No início do ano, Barack Obama viu os seus números nas sondagens subirem, obtendo os melhores resultados desde meados de 2009. Na altura, essa subida de popularidade foi atribuída à sua resposta ao atentado de Tucson, assim como ao acordo bipartidário que estabeleceu com a oposição republicana para a extensão dos cortes fiscais da era Bush. Contudo, escassos meses depois, os seus números de favorabilidade voltaram a cair em terreno negativo. Segundo os resultados agregados do Real Clear Politics, 46,5% dos norte-americanos aprovam o trabalho do Presidente, enquanto que 48,4% estão insatisfeitos com o actual inquilino da Casa Branca. Os números de Obama no Pollster são ainda piores, com um rácio negativo de quatro pontos percentuais. Mais más notícias para o antigo Senador do Illinois vieram ontem da Gallup, que divulgou os resultados da sua mais recente tracking poll, onde Obama igualou os seus piores resultados de sempre, com apenas 41% dos inquiridos a declarar-se satisfeito com o trabalho do Presidente.
Não existem explicações muito consistentes para a quebra de popularidade de Obama.  A forma como lidou com a situação na Líbia, com constantes contradições, pode ter tido alguma influência, mas é sabido que são as questões internas que mais influenciam os eleitores. Assim, o aumento da subida da gasolina e a controvérsia em torno das negociações no Congresso para a aprovação de um orçamento federal podem ter prejudicado a imagem de Obama junto do eleitorado. É ainda cedo para saber se esta descida de Obama é um fenómeno temporário - como foi o seu bump de Janeiro/Fevereiro - ou se por detrás desta queda de popularidade se esconde algo de mais sustentável e duradouro. Seja como for, a verdade é que David Axelrod, David Plouffe e companhia têm muito trabalho para a frente para conseguirem reeleger Barack Obama.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Obama anuncia plano para o défice

Barack Obama proferiu ontem, na Universidade George Washington, um discurso onde, em cerca de 45 minutos, apresentou o seu plano para a redução do défice federal em 4 triliões de dólares nos próximos 12 anos. No centro da sua proposta estão a criação de novos impostos para os mais ricos, além da não-renovação dos cortes fiscais da era Bush. Anunciou ainda a formação de uma comissão, liderada pelo Vice-presidente Joe Biden, que negociará com o Congresso a chegada a um acordo relativamente ao défice.
Esta comunicação foi apenas anunciada no Domingo passado, por David Axelrod, tendo apanhado de surpresa a oposição republicana, que tinha apresentado, recentemente, o seu plano para a redução de défice, através do seu "guru" para as questões fiscais, o congressista Paul Ryan, que esteve presente no discurso de Obama. Aliás, o seu plano foi duramente atacado pelo Presidente, que prometeu não tocar nos programas de Saúde Medicare e Medicaid, que, segundo o plano de Ryan, seriam, respectivamente, privatizados e cortados. O GOP contra-atacou, afirmando que Obama não apresentou nada de concreto, tendo-se limitado a fazer um discurso de campanha eleitoral.
Já a base liberal do Partido Democrata, que exigia há muito tempo o aumento de impostos para os americanos mais ricos, recebeu de forma bem mais positiva o discurso do Presidente. Depois de várias semanas em que adoptou uma postura mais moderada e distanciada dos partidos, Obama surgiu ontem com uma nova vivacidade e com uma nítida viragem à Esquerda nas ideias que apresentou. O plano apresentado pode ter, de facto,  o condão de animar e reunir as bases democratas em torno do seu Presidente, com quem não tem mantido uma relação tão quente quanto seria expectável depois da vitória de Obama em 2008, mas que serão fundamentais para garantir a sua reeleição no próximo ano.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Crise evitada

Na passada Sexta-feira, e praticamente no último minuto, foi evitado o encerramento do governo federal norte-americano, com a chegada a um acordo relativamente ao orçamento, entre democratas e republicanos. Era já perto da meia noite na costa leste dos Estados Unidos, quando foi anunciado um compromisso entre os dois lados, que prevê o corte na despesa de 38 milhões de dólares, o maior da história.
Este acordo representa uma espécie de empate entre as duas forças políticas. Por um lado, o Partido Democrata, em minoria na Câmara dos Representantes, o órgão responsável pelo orçamento federal, conseguiu reduzir em 22 milhões de dólares o corte inicialmente pretendido pelos republicanos. Por outro lado, o GOP alcançou um corte significativo na despesa, evitando, ao mesmo tempo, a suspensão da administração federal, o que teria, presumivelmente, consequências danosas para a imagem do partido junto do povo americano.
Duas figuras emergiram, a meu ver, vitoriosas de todo este complexo e demorado processo. John Boehner, o Speaker da Câmara dos Representantes, não repetiu os erros de Newt Gingrich, em 1995, e conseguiu um significativo corte na despesa, evitando o shutdown. Por sua vez, Barack Obama, ao distanciar-se da luta partidária e da facção mais liberal no interior do seu partido, continuou a marcar pontos junto do eleitorado independente (que decide as eleições), estabelecendo-se como uma figura moderada e que possibilita os compromissos bipartidários.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A queda de Palin

Até há relativamente pouco tempo, Sarah Palin era considerada uma das grandes favoritas na disputa pela nomeação presidencial do Partido Republicano. Contudo, actualmente, a estrela da ex-Governadora do Alasca perdeu grande parte do seu brilho e poucos consideram que Palin entrará sequer na corrida presidencial. O mais provável é que prefira manter a sua presença (bem remunerada) na Fox News e assumir-se como uma das kingmakers do Partido Republicano, em vez de entrar numa contenda que sabe, à partida, ser uma causa perdida.
E essa poderá ser mesmo a escolha acertada, já que, segundo uma sondagem da NBC e do Wall Street Journal, apenas 25% dos americanos têm uma visão favorável da candidata à vice-presidência pelo GOP em 2008, enquanto que 53% a vêem de forma negativa. Vida difícil para um dos maiores fenómenos políticos da história dos Estados Unidos, mas que tem tido dificuldades em assumir-se perante o público como uma figura séria e de confiança. E os reality shows não ajudam.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Barack Obama 2012

Através deste vídeo colocado seu site, BarackObama.com, o Presidente dos Estados Unidos anunciou a sua recandidatura à Casa Branca.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Barómetro 2012 - Update

Barack Obama  O desemprego continua a descer, mas as contradições da sua administração no que diz respeito à situação líbia indiciam falta de liderança.
Mitt Romney  Ter um antigo assessor a afirmar que a reforma da saúde no Massachusetts foi a base do Obamacare não o ajudará nas primárias do GOP.
Mike Huckabee  Ainda é o melhor posicionado nas sondagens, mas tarda em movimentar-se no sentido de se candidatar.
Newt Gingrich  Irá anunciar as suas intenções no dia 1 de Maio.
Sarah Palin Os seus números de popularidade continuam em queda livre.
Tim Pawlenty Anunciou a sua candidatura com um vídeo de belo efeito no Facebook.
Mitch Daniels  Continua sem definir a sua situação, mas vai lançar um livro, o que é um passo tradicional para um político em pré-campanha.
John Huntsman Uma sondagem no Utah, o seu home state, coloca-o atrás de Romney.
Rich Santorum Continua muito activo e já anunciou que irá estar no primeiro debate das primárias republicanas.
Chris Christie Ataca Barack Obama ao mesmo tempo que angaria muito dinheiro para o GOP.
Haley Barbour  A sua mulher afirmou-se horrorizada com a ideia de uma possível campanha presidencial.
Michelle Bachmann Foi quem mais dinheiro angariou no 1º trimestre de 2011.
Donald Trump Pelos vistos, o grande tema da sua campanha será mesmo a nacionalidade de Obama.
Ron Paul Será ele ou o seu filho Rand o candidato da família Paul a concorrer à Presidência em 2012?

Herman Cain Dá o seu apoio a Trump nas questões birthers.