Na passada Sexta-feira, e praticamente no último minuto, foi evitado o encerramento do governo federal norte-americano, com a chegada a um acordo relativamente ao orçamento, entre democratas e republicanos. Era já perto da meia noite na costa leste dos Estados Unidos, quando foi anunciado um compromisso entre os dois lados, que prevê o corte na despesa de 38 milhões de dólares, o maior da história.
Este acordo representa uma espécie de empate entre as duas forças políticas. Por um lado, o Partido Democrata, em minoria na Câmara dos Representantes, o órgão responsável pelo orçamento federal, conseguiu reduzir em 22 milhões de dólares o corte inicialmente pretendido pelos republicanos. Por outro lado, o GOP alcançou um corte significativo na despesa, evitando, ao mesmo tempo, a suspensão da administração federal, o que teria, presumivelmente, consequências danosas para a imagem do partido junto do povo americano.
Duas figuras emergiram, a meu ver, vitoriosas de todo este complexo e demorado processo. John Boehner, o Speaker da Câmara dos Representantes, não repetiu os erros de Newt Gingrich, em 1995, e conseguiu um significativo corte na despesa, evitando o shutdown. Por sua vez, Barack Obama, ao distanciar-se da luta partidária e da facção mais liberal no interior do seu partido, continuou a marcar pontos junto do eleitorado independente (que decide as eleições), estabelecendo-se como uma figura moderada e que possibilita os compromissos bipartidários.
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