Desde que Barack Obama assumiu a presidência dos Estados Unidos, uma teoria da conspiração (um fenómeno tão norte-americano) segundo a qual Obama não teria nascido no país e, como tal, não era elegível para o cargo mais importante da nação, animou algumas facções do Partido Republicano. Apesar de repetidas e diversas investigações terem provado a falsidade de tais acusações, a verdade é que a história não desapareceu e, recentemente, tinha mesmo voltado a merecer renovadas atenções, em especial depois de Donald Trump ter feito desse tema o seu principal tópico de pré-campanha eleitoral. Contudo, hoje, Barack Obama acabou com todas teorias conspirativas, ao divulgar o seu certificado de nascimento.
Politicamente, esta é capaz de não ter sido a melhor estratégia para a reeleição de Obama, já que seria preferível deixar este assunto ser tema de debate durante as primárias republicanas, de forma a ridicularizar os candidatos do GOP perante o eleitorado. Contudo, e segundo o Chefe de Estado norte-americano, este fait-diver estava a distrair a sociedade americana de assuntos verdadeiramente importantes, o que terá levado Obama a acabar de vez com as dúvidas em torno da sua naturalidade.
A reacção de alguns dos mais proeminentes republicanos tem sido díspar. Enquanto que alguns conhecidos birthers, como o próprio Donald Trump, declaram vitória por terem forçado o Presidente a divulgar o seu certificado de nascimento, já o establishment do GOP, na figura do Representante Eric Cantor, prefere criticar a Casa Branca pela importância atribuída a este assunto. Ou seja, mesmo depois de terminadas as dúvidas, o birth certificate de Barack Obama continua a dar que falar nos Estados Unidos. Numa altura em que a nação americana e o mundo atravessam tantos desafios, esta é mais uma prova que na discussão política o acessório ofusca, frequentemente, o essencial.
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