No início do ano, Barack Obama viu os seus números nas sondagens subirem, obtendo os melhores resultados desde meados de 2009. Na altura, essa subida de popularidade foi atribuída à sua resposta ao atentado de Tucson, assim como ao acordo bipartidário que estabeleceu com a oposição republicana para a extensão dos cortes fiscais da era Bush. Contudo, escassos meses depois, os seus números de favorabilidade voltaram a cair em terreno negativo. Segundo os resultados agregados do Real Clear Politics, 46,5% dos norte-americanos aprovam o trabalho do Presidente, enquanto que 48,4% estão insatisfeitos com o actual inquilino da Casa Branca. Os números de Obama no Pollster são ainda piores, com um rácio negativo de quatro pontos percentuais. Mais más notícias para o antigo Senador do Illinois vieram ontem da Gallup, que divulgou os resultados da sua mais recente tracking poll, onde Obama igualou os seus piores resultados de sempre, com apenas 41% dos inquiridos a declarar-se satisfeito com o trabalho do Presidente.
Não existem explicações muito consistentes para a quebra de popularidade de Obama. A forma como lidou com a situação na Líbia, com constantes contradições, pode ter tido alguma influência, mas é sabido que são as questões internas que mais influenciam os eleitores. Assim, o aumento da subida da gasolina e a controvérsia em torno das negociações no Congresso para a aprovação de um orçamento federal podem ter prejudicado a imagem de Obama junto do eleitorado. É ainda cedo para saber se esta descida de Obama é um fenómeno temporário - como foi o seu bump de Janeiro/Fevereiro - ou se por detrás desta queda de popularidade se esconde algo de mais sustentável e duradouro. Seja como for, a verdade é que David Axelrod, David Plouffe e companhia têm muito trabalho para a frente para conseguirem reeleger Barack Obama.
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