quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Obama enfurece o GOP

Após a esmagadora vitória nas eleições intercalares, muitos republicanos pensaram que Barack Obama não teria outro remédio senão admitir a derrota e aproximar-se das posições do GOP. Contudo, quem esperava um compromisso em Washington enganou-se, pois as posições estão, agora, mais extremadas do que nunca. Isto porque o Presidente dos Estados Unidos, em vez de tentar agradar à oposição, preferiu irritá-la, ao fazer saber que se prepara para tomar acções executivas (flanqueando, assim, o Congresso) que permitam legalizar alguns imigrantes ilegais.
Como era previsível, o Partido Republicano insurgiu-se rapidamente contra estes planos da Casa Branca, com algumas vozes mais radicais a falarem mesmo num eventual processo de impeachment (demissão forçada pelo Congresso) de Barack Obama. E se o impeachment é um hipótese muito remota (e o desencadeamento desse processo por parte do GOP seria uma verdadeira dádiva para os democratas), já um novo shutdown do governo federal, através da suspensão dos fundos necessários para o funcionamento do Estado por parte do Congresso republicano, é um cenário mais plausível. E, de facto, já alguns sectores republicanos - mais ligados ao Tea Party - têm falado, nos últimos dias, de um novo shutdown como forma de retaliação pelas possíveis acções do Presidente no campo da imigração. Naturalmente, a liderança republicana, ciente que os shutdowns anteriormente provocados pelo seu partido prejudicaram a imagem do GOP junto da opinião pública, está já a tomar as medidas necessárias para evitar tal possibilidade.
Quanto a Barack Obama, parece-me que esta é uma medida acertada a nível político e eleitoral. É verdade que está novamente a confrontar a oposição e que pode ser criticado por não respeitar os resultados das últimas eleições que foram altamente favoráveis aos republicanos. Mas também é um facto que Obama tem poucas hipóteses, faça o que fizer, de alcançar compromissos razoáveis com um Partido Republicano cada vez mais entrincheirado. Sem o apoio do Congresso, resta ao Presidente dos Estados Unidos optar por acções executivas se quiser deixar a sua marca no campo legislativo interno nestes dois anos finais do seu mandato.
Por outro lado, Barack Obama pretende forçar os republicanos a tomarem novamente uma posição vista como anti-imigração, o que alienará - mais ainda - o eleitorado hispânico que será, previsivelmente, decisivo no próximo ciclo eleitoral. Esta medida de Obama é especialmente prejudicial para os candidatos presidenciais republicanos que, face à assertiva oposição do GOP, serão obrigados a vir a público condenar as acções do presidente norte-americano. E, como se viu com Romney em 2012, essa postura anti-imigração do eventual nomeado republicano poderá custar-lhe muitos votos na eleição geral e, quem sabe, até a Presidência. 
Por isso, com esta medida, Obama estará a ajudar alguns milhões de imigrantes ilegais que poderão ficar nos Estados Unidos, pelo menos, por mais algum tempo, mas estará também a dar uma preciosa contribuição para a campanha do nomeado presidencial democrata. Hillary Clinton (who else?) agradece.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

As midterms de 2014: um balanço

Uma semana após serem conhecidos os resultados das eleições intercalares de 2014, é altura de fazer um balanço do que se passou, tentando perceber as razões que levaram a uma vitória imperial do Partido Republicano e a uma estrondosa derrota dos democratas. E, a meu ver, o desfecho da noite eleitoral explica-se mais pelo demérito do Partido Democrata do que propriamente pelo mérito do GOP.
Em primeiro lugar, importa referir que para estas eleições nunca se poderia esperar um resultado positivo para os democratas. As midterms que coincidem com o sexto ano de mandato de um Presidente são, por norma, muito penalizadoras para o partido que ocupa a Casa Branca. Para piorar as coisas, Barack Obama é um presidente impopular nos Estados Unidos, ainda que mantenha bastiões de defensores nos principais territórios democratas. Contudo, este ciclo eleitoral desenrolou-se principalmente em red e purple states, ou seja, Estados republicanos ou moderados, o que potenciou a carga negativa da imagem do Chefe de Estado para os candidatos democratas.
Se em 2010 e 2012 o Partido Democrata conseguiu algumas vitórias improváveis contando com a preciosa colaboração dos candidatos republicanos, alguns deles verdadeiramente inaptos para concorrerem a cargos de dimensão nacional, desta vez o GOP não prestou essa ajuda aos seus adversários. De facto, o establishment republicano foi capaz de evitar e derrotar candidatos mais radicais e conseguiu controlar o Tea Party. Para isso, foi muito importante o recrutamento de concorrentes de qualidade, mas também o controlo dos principais financiadores do partido (como os irmãos Koch), que, este ano, fecharam a torneira aos fringe candidates em detrimento daqueles que tinham o apoio da estrutura partidária.
Assim, a estratégia republicana centrou-se principalmente em não cometer erros, evitando candidatos improváveis, mas também gaffes comprometedoras como as que fizeram cabeçalhos de jornais nas duas últimas eleições e que prejudicaram seriamente os resultados eleitorais do partido. Por outro lado, assistimos a uma vazio ideológico por parte da maioria dos candidatos republicanos, que consideraram (e, pelos visto, bem) que quanto menos dissessem, melhor. E quando os concorrentes do GOP falavam era, invariavelmente, para colar a imagem dos seus opositores à do impopular Obama. 
Do lado democrata, a campanha eleitoral não podia ter sido mais desastrada. Como cada vez mais acontece, os operativos democratas planearam as suas estratégias com base quase exclusivamente nas sondagens. Desse modo, vimos os candidatos democratas a centrarem o seu discurso nos temas normalmente associados ao seu eleitorado mais predominante, as mulheres, com destaque para o direito ao aborto. Ao mesmo tempo, os democratas, assustados com os números de Obama nos estudos de opinião, fugiram a sete pés do seu Presidente e do seu currículo. 
Todavia, considero que esse foi o principal erro do Partido Democrata. Em vez de renegarem Barack Obama e o seu historial na Casa Branca, os democratas deveriam ter abraçado o legado do seu líder e feito campanha com base nos seus feitos. Podiam ter defendido o estímulo económico que terá evitado o colapso da economia do país; podiam ter apontado para os números do desempenho económico norte-americano, com o PIB a crescer acima dos 3% e o desemprego abaixo dos 6%; podiam ter recordado que o Obamacare é cada vez menos vilipendiado e veio cobrir dezenas de milhões de norte-americanos até então sem seguro de saúde; podiam ainda ter apostado na defesa dos direitos de milhões de imigrantes ilegais.
Mas não. Os democratas preferiram atirar tudo isso para debaixo do tapete com medo que o eleitorado republicano e independente os penalizasse nas urnas. O que conseguiram, porém, foi desmobilizar e desmotivar o seu eleitorado de base, que se mantém, desde 2008, com Barack Obama. E foram esses mesmos eleitores, como os hispânicos (que viram Obama a sacudir a reforma da imigração para uma qualquer data após as eleições), os afro-americanos e, principalmente, os jovens que ficaram em casa no passado dia 4 de Novembro e contribuíram, por isso, para uma esmagadora republicana nas midterms.
Durante os próximos dois anos, os democratas farão uma inevitável travessia no deserto, sendo minoritários nas duas câmaras do Congresso, detendo muito menos governos estaduais do que os republicanos e preparando a sucessão de um Presidente lame duck. Em 2016 terão uma nova oportunidade. Será que aprenderão com os erros, como fizeram, este ano, os republicanos?

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

E tudo a onda levou

Estão contados quase todos os votos das eleições intercalares de 2014 nos Estados Unidos e o resultado é fácil de descrever: uma imponente vitória do Partido Republicano.  Confirmaram-se os piores receios democratas e a noite eleitoral de ontem revelou-se uma onda dos republicanos que venceram a toda a linha, com praticamente todas as corridas assinaladas como competitivas a caírem para o lado dos candidatos do GOP.
Nas eleições para o Senado, as melhores expectativas republicanas terão sido superadas e o GOP retirou sete assentos aos democratas, sendo que este número deverá aumentar para nove, quando todos os votos estiverem contados no Alaska, que deverá ir para a coluna vermelha, e quando se realizar a segunda volta da corrida no Louisiana, que deverá cair para o lado republicano. No outro Estado ainda sem resultado oficial, a Virginia, o Democrata Mark Warner deverá ser sagrado vencedor. Dessa forma, o Senado ficaria dividido entre 46 democratas (incluindo dois independentes) e 54 republicanos, uma assinalável transferência de poder e que coloca mesmo o Partido Republicano em condições de aguentar a previsível investida democrata nas eleições de 2016.
No que diz respeito à Câmara dos Representantes, cuja recuperação de controlo não passava pela cabeça ao democrata mais optimista, o desfecho não foi diferente. Esperava-se um resultado dentro do de há dois anos, ou, no máximo, um dos dois partidos a ganhar uma meia dúzia de lugares ao adversário. Porém, o Partido Republicano obteve um novo triunfo, conseguindo aumentar ainda mais a sua maioria na câmara baixa. Até ao momento, o GOP já conquistou 13 novos lugares, mas esse número poderá subir quase até aos 20, quando todas as corridas tiverem sido encerradas. Assim sendo, os republicanos passarão a ocupar cerca de 250 dos 435 lugares na House, ficando com uma sólida maioria que poderá resistir durante vários ciclos eleitorais.
Finalmente, nas eleições para governos de Estados federados, assistiu-se, invariavelmente, a uma vitória dos republicanos, com destaque para os resultados na Florida, onde Rick Scott segurou o seu cargo de Governador frente ao favorito Charlie Crist que, depois de ter sido Governador do Estado como republicano e de ter concorrido ao Senado como independente, tentou o regresso à mansão de governador do sunshine state, desta vez como democrata, mas sem sucesso, no Wisconsin, Estado onde Scott Walker garantiu a reeleição, posicionando-se, assim, para uma previsível candidatura à Casa Branca, em 2016, e no Illinois, território democrata, mas que não permitiu a reeleição a Pat Quinn, o actual Governador democrata, que perdeu a corrida para Bruce Rauner, o seu opositor republicano. 
Para os democratas, apenas a reconquista da Pennsylvania e e vitória no Colorado (ambas as corridas para Governador do Estado) podem ser encarados como resultados positivos, mas que não chegam, longe disso, para atenuar aquela que foi uma péssima noite eleitoral (foi mesmo pior do que o shellacking de 2010) e cujas consequências darão muito que falar nos próximos tempos. 

Vitória republicana

A noite ainda não terminou nos Estados Unidos, mas em Portugal a madrugada já vai longa e o sono começa finalmente a levar a melhor. Análises mais profundas ficarão para os próximos dias, mas, neste momento, parece evidente que as eleições intercalares de 2014 resultaram, como se esperava, numa vitória do Partido Republicano. 
Quando o próximo Congresso tomar posse, o GOP passará a deter a maioria dos assentos nas duas câmaras. Sem surpresas, manteve o controlo da Câmara dos Representantes (deverá mesmo ganhar mais alguns lugares) e, principalmente, conseguiu destronar o Partido Democrata da maioria no Senado. À hora que escrevo, ainda não são conhecidos os resultados na North Carolina, no Virginia (deverá cair para os democratas), no Iowa, no Kansas e no Alaska, mas esses Estados apenas ditarão a dimensão da vitória republicana.
No que diz respeito aos Governadores, os democratas ainda podem atenuar um pouco os danos se, à vitória na Pennsylvania juntarem um triunfo na Florida (neste momento, o sunshine state está muito renhido e será decidido no phono finish). Com o ganho destes dois grandes e importantes Estados ao GOP, os democratas teriam, pelo menos, alguns motivos de festa que serviriam de consolo para uma noite, no cômputo geral, muito negativa.
Ainda assim, e analisando as exit polls, parece-me que os democratas perderam principalmente, por falta de comparência. Olhando para os números, percebe-se que o Partido Democrata conseguiu atingir os valores habituais junto da sua coligação de eleitores (nomeadamente, afro-americanos, hispânicos jovens e mulheres). Contudo, esses eleitores deslocaram-se às urnas em menor número do que o necessário para que os democratas alcançassem melhores resultados. Por exemplo, em 2012, 72% dos votantes eram brancos, menos 3 pontos percentuais do que hoje, quando se sabe que a tendência da população dos Estados Unidos é tornar-se mais diversa. Por isso, não podem os republicanos retirar grandes ilações dos resultados de hoje no que diz respeito à corrida presidencial de daqui a dois anos.

Segunda volta no Louisiana

No Louisiana, já se sabe que não vai haver vencedor esta noite. Como nenhum dos candidatos obteve uma maioria absoluta, haverá lugar, a 6 de Janeiro, a uma segunda volta entre a democrata Mary Landrieu e o republicano Bill Cassidy na disputa de um lugar no Senado. Assim sendo, e dependendo dos resultados nos restantes Estados, pode acontecer que o controlo do Senado pode ficar adiado por mais dois meses. Todavia, nesta altura, o mais provável é que o Partido Republicano consiga alcançar os 51 assentos necessários para retirar a maioria na câmara alta do Congresso aos democratas.

GOP rouba primeiro assento no Senado aos democratas

Os republicanos já conseguiram "roubar" um assento no Senado aos democratas. Logo após o fecho das urnas na West Virginia, a CNN anunciou a vitória de Shelley Moore Capito. Este era um triunfo mais que aguardado para o GOP que, com este resultado, ficam precisam "apenas" de recuperar outros cinco lugares no Senado para retirar o controlo da câmara alta ao Partido Democrata. 

Mitch McConnell reeleito

Acabaram de fechar as urnas nos primeiros Estados e já há algumas corridas declaradas pelos principais meios de comunicação social. Entre elas, destaque para a vitória de Mitch McConnell no Kentucky. Assim sendo, o líder republicano do Senado garante um novo mandato de seis anos. Este era um resultado previsível, mas que chegou a estar em causa durante a campanha. Agora, McConnell terá de esperar para saber se, em Janeiro, continuará como líder da minoria, ou, se por outro lado, passará a chefiar a maioria no Senado.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Um guia para a noite eleitoral

Chegou, finalmente, o dia das eleições. Hoje, milhões de norte-americanos deslocam-se às urnas para votar. Outros milhões já o fizeram por voto antecipado, mas será na noite de hoje que serão contados os votos e anunciados os resultados que decidirão o figurino do Congresso, assim como o de vários governos estaduais um pouco por todo o país. 
Para quem está do lado de cá do Atlântico, a diferença horária é um obstáculo, mas, ainda assim, vários political junkies, como eu, ficarão acordados a seguir os resultados. E, para isso, nada melhor do que ter uma ferramenta como esta, providenciada pelo Daily Kos, que nos indica o horário de fecho das urnas em cada Estado, ao mesmo tempo que faz um apanhado dos destaques da noite eleitoral. Ajudará, sem dúvida, no acompanhamento da longa mas emocionante noite eleitoral de mais logo.

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Os democratas perdem a maioria no Senado: e agora?

Como ontem referi, tudo aponta, na véspera do dia de todas as decisões, no sentido de os republicanos estarem muito perto de "roubarem" a maioria no Senado aos democratas, tornando-se, assim, a força maioritária nas duas câmaras do Congresso. A confirmar-se esta previsão (o que poderá suceder apenas em Janeiro do próximo ano, devida a possíveis segundas voltas), o que mudará no panorama político dos Estados Unidos?
Na verdade, não me parece que, formalmente, se verifique uma grande mudança, especialmente a nível legislativo. De facto, o Partido Republicano já controla a Câmara dos Representantes e, por isso, os democratas, para fazerem passar legislação, têm sempre de chegar a acordo com a oposição. Contudo, o mesmo já não acontece no que diz respeito a nomeações presidenciais, que, segundo a Constituição, necessitam apenas da confirmação do Senado. Assim, e caso a maioria na câmara alta seja republicana, Barack Obama terá mais dificuldades em fazer aprovar os seus nomeados políticos (eventuais substituições na sua Administração) e, principalmente judiciais. E isso, numa altura em que surgem rumores que apontam para uma possível vaga no Supremo Tribunal, pode ter um grande impacto.
Mas a maior consequência de uma derrota democrata de grandes proporções na noite de amanhã pode ser mesmo ao nível da percepção. Com os níveis de popularidade de Obama em queda livre, a perda do controlo do Senado implicaria um novo e grande rombo na credibilidade do Presidente norte-americano e debilitaria seriamente a sua posição em Washington. Sem apoio no Congresso e com uma imagem tão negativa junto do público que dissuadiria outros políticos de se verem associados ao Presidente, Obama teria enormes dificuldades em fazer passar algum pacote legislativo com alguma relevância. Nesse caso, a reforma da imigração poderia estar seriamente, senão definitivamente, comprometida. Em resumo, teríamos um Barack Obama, durante os dois últimos anos do seu mandato na Casa Branca, em modo lame duck.
Mas nem tudo são más notícias para o Partido Democrata. Mesmo que o partido de Obama perca, nestas eleições, a maioria no Senado, é praticamente certo que a recuperará já daqui a dois anos, aquando das eleições de 2016. Nessa altura, irão a votos os Senadores que foram eleitos na onda republicana de 2010 e, alguns deles, representam Estados fortemente democratas. Por isso, num ano de eleições presidenciais, que atraem mais eleitores democratas às urnas, é crível que o Partido Democrata amealhe assentos suficientes para destronarem novamente os republicanos da maioria na câmara alta. Em suma, as previsíveis vitórias do GOP na noite de amanhã serão, sem dúvida, saborosas para os republicanos, mas virão, todavia, com um prazo de validade.

domingo, 2 de novembro de 2014

Onda republicana em formação?

A dois dias das eleições intercalares norte-americanas, os números das sondagens começam a convergir definitivamente num sentido. As sondagens do fim-de-semana indiciam que as eleições do dia 4 de Novembro poderão resultar numa wave republicano, um pouco à imagem do que sucedeu em 2010, quando o GOP conseguiu um resultado esmagador nas corridas para a Câmara dos Representantes, destronando a maioria democrata, e retirou seis assentos no Senado aos seus adversários do Partido Democrata, número que, ainda assim, não foi suficiente para alcançar a maioria na câmara alta.
Quatro anos depois, o mais provável é que os republicanos alcancem finalmente o objectivo que falharam em 2010 e 2012 e se tornem o partido maioritário no Senado. Mas deixemos as palavras e passemos aos mais recentes resultados de sondagens em alguns dos Estados que irão decidir o controlo do Senado na próxima Terça-feira:

Alaska: Sullivan (R) 47% - Begich (D) 42%

Georgia: Perdue (R) 48% - Nunn (D) 44%

Iowa: Ernst (R) 51 % - Braley (D) 44%

Arkansas: Cotton (R) 49% - Pryor 41%

Louisiana: Cassidy (R) 51% - Landrieu (D) 43% (em caso de segunda volta)

Definitivamente, não parece nada positivo o cenário para o lado democrata. Contudo, e como temos lembrado, também em 2010 e 2012 tiveram a sua maioria no Senado em perigo e, dessas vezes, os números das sondagens subvalorizaram os eventuais resultados dos candidatos democratas. Ainda assim, parece-me que, muito provavelmente, o Senado mudará mesmo de mãos e, para os democratas, restará a consolação da (quase) certeza de que voltarão a controlar o Senado daqui a dois anos. Mas isso já é tema para um novo post, que escreverei nos próximos dias.