Barack Obama continua a descer nas sondagens, o que indica que a sua reeleição não se afigura como uma tarefa nada fácil. Contudo, é ainda muito cedo para afirmar que Obama será um Presidente de um só mandato. Isto porque, além da vantagem óbvia a nível de estatuto (o selo presidencial é uma arma formidável), o antigo Senador do Illinois conta ainda com uma grande vantagem a nível financeiro relativamente aos seus adversários republicanos.
Se atentarmos aos números divulgados pela campanha sua campanha, vemos que a candidatura de Obama conseguiu amealhar, no terceiro trimestre de 2011, uns fantásticos 42 milhões de dólares. Mais: se somarmos a estes números os valores que o Democratic National Committe angariou no mesmo período chegamos ao estonteante resultado de 70 milhões de dólares que Obama poderá utilizar na sua campanha de reeleição. A discrepância entre a capacidade financeira do candidato democrata e dos seus oponentes fica totalmente clara quando se percebe que o dinheiro angariado pelo Presidente ultrapassa largamente as somas de todos os concorrentes republicanos em conjunto! Além disso, é preciso não esquecer que os republicanos que estão na corrida à Casa Branca têm de lutar em duas frentes, primárias e eleição geral, enquanto que Obama poderá concentrar os seus recursos na eleição geral.
Já em 2008 Barack Obama se mostrou um formidável angariador de fundos, o que o levou mesmo a abdicar das contribuições públicas para a campanha, optando pelo financiamento privado, indo contra uma sua promessa anterior. Na altura, Obama angariou cerca de 750 milhões de dólares, mas, agora, espera-se que consiga atingir os mil milhões, o que, numa altura de crise, seria algo de incrível (para não dizer obsceno). Historicamente, a angariação de fundos era tradicionalmente uma vantagem dos candidatos republicanos, fruto da maior proximidade do GOP com o mundo empresarial. Contudo, desta vez, a vantagem está no lado democrata.
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