Larry Summers, o principal conselheiro económico de Barack Obama anunciou, este mês, que irá abandonar esse cargo para regressar ao ensino, na Universidade de Harvard. A saída de Summers, apesar das razões invocadas, terá muito a ver com a tímida recuperação económica do país e com a demora da administração Obama em conseguir baixar os números do desemprego. O Secretário do Tesouro, Timothy Geithner, continua, até ao momento, em funções, mas tem-se especulado que pode ser a próxima baixa da equipa económica de Obama, especialmente se os resultados das eleições intercalares forem muito negativos para os democratas.
Nos últimos dias, também se tem falado com insistência acerca de eventuais saídas e de mudanças de funções no staff da Ala Oeste, o pessoal que trabalha directamente com o Presidente e implementa a sua agenda política. Entre estes elementos, a principal questão prende-se com a substituição do Chief of Staff de Obama, já que é quase certo que Rahm Emanuel, o actual detentor do cargo, deixará a Casa Branca para concorrer ao lugar de Mayor de Chicago. Entre os principais nomes que têm sido apontados para lhe suceder encontram-se Ron Klain, Chief of Staff de Joe Biden, Valerrie Jarret, conselheira e uma das mais próximas amigas de Obama, ou Pete Rouse, um discreto mas experiente assessor do presidente. Qualquer uma destas escolhas representaria uma certa noção de continuidade, visto que já todos fazem parte do staff presidencial. Se, por outro lado, Obama optar por ir buscar alguém "de fora", isso poderá significar que pretende "abanar" um pouco as coisas na Casa Branca.
Perto de concluir a primeira metade do seu mandato, Barack Obama tem, também, de começar a preocupar-se com a sua campanha de reeleição. Nesse sentido, será expectável que David Axelrod, o seu principal conselheiro e o grande mentor da sua candidatura presidencial em 2008, abandone a Casa Branca e volte para Chicago, para aí começar a preparar a campanha de Obama para 2012. No sentido inverso poderá estar David Plouffe, director da campanha de 2008, que, segundo o próprio Axelrod, deverá passar a fazer parte do núcleo duro de conselheiros de Obama na Casa Branca. Todavia, estas e outras possíveis mudanças no staff presidencial, à excepção da saída de Rahm Emanuel, deverão ter de esperar pelas midterms, porque só depois de conhecidos os resultados eleitorais poderá Barack Obama ter uma melhor noção do que terá de enfrentar na segunda metade do seu mandato e que "ferramentas" necessitará de ter ao seu dispor.
Temo que estas mudancas sejam apenas uma cortina de fumo nas vesperas das midterms e mostra como a administracao esta receosa dos resultados eleitorais de Novembro.
ResponderEliminarAinda esta semana realizaram um town hall na CNBC em que o presidente tentou, sem sucesso, acalmar Wall Street e mostrar que nao quer antagonizar Wall Street.
Sera interessante saber que mudancas havera em Novembro caso as eleicoes se convertam mesmo num desastre, isto e: perda da camara e do senado.