Azul (D); Vermelho (R); Cinza (Sem eleição) |
Tendo terminado o processo das primárias, onde os dois partidos escolheram os seus candidatos para as eleições gerais, é tempo de fazer um balanço da situação. A mês e meio das midterms de 2 de Novembro, o cenário continua favorável para os republicanos. Porém, surgiram alguns dados que podem indicar que estas eleições poderão não ser tão catastróficas para os democratas como se previa há pouco tempo atrás. No Senado, em especial, o partido de Obama viu as suas perspectivas melhorarem consideravelmente devido à ajuda improvável do próprio Partido Republicano, que, em alguns estados, nomeou figuras tão controversas que colocam essas corridas ao alcance dos democratas, com o caso do Delaware a ser o mais recente exemplo.
E é em relação ao Senado que faço a minha primeira previsão. A uma tão grande distância do dia das eleições, é um exercício meramente especulativo, tendo como base as sondagens que vão sendo conhecidas, mas também uma certa dose de feeling pessoal em relação a cada uma das corridas. Assim, como se pode observar pelo mapa no topo do texto, a minha previsão indica que os democratas perderão cinco lugares no Senado, vendo a sua maioria diminuir de 59 para 54 senadores, mas mantendo o controlo da câmara alta do Congresso.
Se em muitos estados o resultado é previsível, já nos chamados swing states, a minha tarefa foi mais complicada, mas também serão essas as corridas a decidir as eleições. Assim, penso que o Missouri, o Ohio, o Kentucky e a Florida dificilmente escaparão aos republicanos. Na Pennsylvania, no Colorado e no New Hampshire, os democratas ainda poderão ter uma palavra a dizer, mas, para já, a situação não lhes é favorável. Todos estes estados ficam, então, a vermelho, a cor do Partido Republicano.
Por sua vez, prevejo que os candidatos democratas vençam no estado de Washington, na West Virginia e no Connecticut, com maior ou menor dificuldade. Já nos casos do Nevada, do Wisconsin e da Califórnia a vantagem democrata é residual, mas, de momento, vejo estes estados a inclinarem-se para o lado democrata. Por fim, a situação mais difícil foi a do Illinois, que me parece ser a corrida com desfecho mais imprevisível. Contudo, como se trata de um estado profundamente democrata e dado o peso e influência que Barack Obama pode ter nesta eleição (ou não estivesse em causa o seu antigo lugar no Senado) a cor escolhida foi o azul, dos democratas.
Um resultado deste género representaria uma espécie de empate, porque, por um lado, os republicanos ganhariam um importante número de assentos aos democratas, mas, por outro, não conseguiriam a esmagadora vitória que muitos analistas prevêem para estas eleições. De qualquer forma, e como se diz por cá em relação às sondagens, as previsões valem o que valem, porque os resultados que interessam só saberemos depois de milhões de eleitores americanos votarem, no próximo dia 2 de Novembro.
Sem comentários:
Enviar um comentário