Ainda não me tinha referido, aqui, ao já famoso e polémico Tea Party movement que está a revolucionar a política americana e que já se transformou numa das vozes mais efusivas na contestação a Barack Obama e aos Democratas.
O Tea Party - nome baseado no Boston Tea Party que antecedeu a Revolução Americana (no tax without representation) - é um movimento politico-social, formado por cidadãos americanos, que, no início de 2009, protestavam contra os pacotes de estímulos à economia por parte do governo federal. Mas o grande boom deste movimento deu-se no Verão do ano passado, aquando da grande vaga de protestos contra a reforma do serviço de saúde americano. Este grupo, conotado com a ala mais conservadora do Partido Republicano, tem como pilar principal da sua ideologia a luta contra o peso e tamanho do governo, que dizem ser excessivo e uma intromissão na vida dos cidadãos.
Quem se parece estar a assumir como líder deste movimento é Sarah Palin, que foi, inclusive, a principal oradora na recente convenção do Tea Party. É natural que Palin utilize esta agremiação ultra-conservadora para conseguir notoriedade política e colocar-se numa posição que possibilite uma eventual candidatura presidencial, já que não é propriamente uma figura que conte com o apoio e o suporte do establishment do GOP.
Porém, isso não deverá significar que o Tea Party se constitua como uma alternativa ou uma concorrência efectiva ao Partido Republicano. A sua estratégia deverá partir por, gradualmente, ir ganhando espaço e voz dentro do GOP, tentando "arrastar" o partido mais para a direita. Para isso, poderá apresentar ou apoiar candidatos mais conservadores em primárias republicanas, já que a estratégia de concorrer directamente em eleições gerais não faria mais que beneficiar enormemente o Partido Democrata.
A verdade é que o Tea Party conseguiu, em pouco tempo, agitar e alterar o panorama político americano. Mas apenas o futuro dirá se este movimento, profundamente conservador, está aqui para ficar ou se, com o tempo, se irá diluir na sociedade americana que é, maioritariamente, centrista.
Quem se parece estar a assumir como líder deste movimento é Sarah Palin, que foi, inclusive, a principal oradora na recente convenção do Tea Party. É natural que Palin utilize esta agremiação ultra-conservadora para conseguir notoriedade política e colocar-se numa posição que possibilite uma eventual candidatura presidencial, já que não é propriamente uma figura que conte com o apoio e o suporte do establishment do GOP.
Porém, isso não deverá significar que o Tea Party se constitua como uma alternativa ou uma concorrência efectiva ao Partido Republicano. A sua estratégia deverá partir por, gradualmente, ir ganhando espaço e voz dentro do GOP, tentando "arrastar" o partido mais para a direita. Para isso, poderá apresentar ou apoiar candidatos mais conservadores em primárias republicanas, já que a estratégia de concorrer directamente em eleições gerais não faria mais que beneficiar enormemente o Partido Democrata.
A verdade é que o Tea Party conseguiu, em pouco tempo, agitar e alterar o panorama político americano. Mas apenas o futuro dirá se este movimento, profundamente conservador, está aqui para ficar ou se, com o tempo, se irá diluir na sociedade americana que é, maioritariamente, centrista.
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