A reforma do serviço de saúde americano está num impasse. Isto porque a vitória de Scott Brown na eleição do Massachussets acabou com a maioria à prova de filibuster que os democratas possuíam no Senado e trouxe um novo problema aos liberais.
Depois de duas propostas de lei diferentes terem sido aprovadas pela Câmara dos Representantes e pelo Senado, esta menos ambiciosa que aquela, é necessário fundir estas dois documentos num só, mas Harry Reid e Nanci Pelosi serão capazes de o fazer sem criar grandes clivagens no interior do partido Democrata. Depois disso, a passagem da legislação na House of Representatives não será um problema, dada a grande maioria democrata nesta câmara.
Visto isto, o verdadeiro desafio é mesmo o Senado, onde os 59 senadores do caucus democrata não chegam para ultrapassar o já anunciado bloqueio republicano. Assim, tem-se falado, cada mais com mais insistência, na possibilidade de Obama e os democratas passarem a reforma da saúde no Senado através da medida de Reconciliação. Porém, este procedimento não faz jus ao nome, já que de reconciliatório nada tem. Consiste na permissão da discussão e votação de uma lei sem a possibilidade de filibuster, o que permite aos democratas fazer passar a reforma da saúde com uma maioria simples.
A escolha deste caminho por parte do partido de Obama teria vantagens e desvantagens. Por um lado, permitiria aos democratas a concretização de uma longa promessa eleitoral e representaria um feito notável na história do país, dando-lhes algo concreto com que pudessem mostrar trabalho e fazer campanha. Por outro, seria uma acção totalmente partidária e contrária à aparente vontade de Obama em chegar a um entendimento com o GOP.
É uma escolha difícil para a liderança democrata. Mas, caso se mantenha a intransigência republicana em impedir um compromisso razoável nesta matéria, talvez Barack Obama decida que a reforma da saúde do país é um tema demasiadamente importante para ser travado por meras razões políticas. Poderia estar a prejudicar as suas possibilidades de ser reeleito em 2012, mas certamente que o colocaria na história dos Estados Unidos da América.
Visto isto, o verdadeiro desafio é mesmo o Senado, onde os 59 senadores do caucus democrata não chegam para ultrapassar o já anunciado bloqueio republicano. Assim, tem-se falado, cada mais com mais insistência, na possibilidade de Obama e os democratas passarem a reforma da saúde no Senado através da medida de Reconciliação. Porém, este procedimento não faz jus ao nome, já que de reconciliatório nada tem. Consiste na permissão da discussão e votação de uma lei sem a possibilidade de filibuster, o que permite aos democratas fazer passar a reforma da saúde com uma maioria simples.
A escolha deste caminho por parte do partido de Obama teria vantagens e desvantagens. Por um lado, permitiria aos democratas a concretização de uma longa promessa eleitoral e representaria um feito notável na história do país, dando-lhes algo concreto com que pudessem mostrar trabalho e fazer campanha. Por outro, seria uma acção totalmente partidária e contrária à aparente vontade de Obama em chegar a um entendimento com o GOP.
É uma escolha difícil para a liderança democrata. Mas, caso se mantenha a intransigência republicana em impedir um compromisso razoável nesta matéria, talvez Barack Obama decida que a reforma da saúde do país é um tema demasiadamente importante para ser travado por meras razões políticas. Poderia estar a prejudicar as suas possibilidades de ser reeleito em 2012, mas certamente que o colocaria na história dos Estados Unidos da América.
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