Barack Obama encontrou-se, ontem, na Casa Branca, com o Dalai Lama. O líder espiritual do Tibete não teve direito a uma recepção de chefe de Estado, mas o seu encontro com Obama também não foi como nos tempos de Bill Clinton, quando este, para evitar reacções chinesas como esta, arranjava verdadeiros estratagemas para o receber. Obama optou por uma reunião pessoal, mas discreta, sem direito a grandes alaridos, mas que não evitou os veementes protestos de Pequim, como sempre acontece quando um presidente americano recebe o Dalai Lama.
Para piorar as coisas, este encontro ocorreu numa altura em que as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e a China não são as melhores. Depois das polémicas com a Google, devido ao velho tema da censura da internet pelo governo chinês, e com a venda de armamento americano a Taiwan, esta reunião vem crispar ainda mais os ânimos de Pequim que se vê obrigada a salvar a face internamente, ao mesmo tempo que se sente incomodada com a interferência externa em assuntos que considera ser do seu foro interno.
No fim de contas, Obama pode vir a ter alguns problemas com Pequim, mas, provavelmente, perderia mais, a nível interno, se não recebesse o líder religioso tibetano, já que daria a impressão de estar a ceder perante o colosso asiático e pareceria "soft on human rights". A recepção ao Dalai Lama pode ser uma boa jogada política e humanitária, mas falta ainda compreender, na totalidade, os custos que acarretará.
No fim de contas, Obama pode vir a ter alguns problemas com Pequim, mas, provavelmente, perderia mais, a nível interno, se não recebesse o líder religioso tibetano, já que daria a impressão de estar a ceder perante o colosso asiático e pareceria "soft on human rights". A recepção ao Dalai Lama pode ser uma boa jogada política e humanitária, mas falta ainda compreender, na totalidade, os custos que acarretará.
Independentemente dos custos que possam advir, como consequência, deste encontro, penso que foi muito bom ter acontecido.
ResponderEliminarFoi, de facto, uma boa jogada, talvez, até, mais política que humanitária...