A decisão de Evan Bayh em não se recandidatar a um terceiro mandato como senador do Indiana tem provocado um verdadeiro furacão político nos Estados Unidos. Esta opção surpreendente, por parte de um político centrista, levanta questões sobre o estado actual do panorama político-partidário no país do Tio Sam.
Actualmente, assiste-se a uma maior polarização entre democratas e republicanos e este extremar de posições tem consequências para os políticos moderados, como Bayh, que são obrigados a "desviarem-se" mais para a esquerda, no caso dos democratas, ou mais para a direita, se forem republicanos. Assim, o centro perde espaço e tende a desaparecer em favor das alas mais duras e doutrinárias.
E este facto não se verifica apenas no Partido Democrata. Também no lado republicano se assiste ao mesmo fenómeno. Em Novembro do ano passado, vimos como a candidata do GOP a um lugar de Representante pelo Estado de Nova Iorque foi ultrapassada pela direita por um concorrente conservador. Em 2010, candidatos moderados do GOP também não terão a vida facilitada. Exemplos disso mesmo são John McCain, que enfrenta um opositor nas primárias, ou o Governador da Florida, Charlie Crist, que deverá mesmo perder o lugar para um republicano mais conservador, Marc Rubio.
Este clima fraccionário afecta, também, o presidente. Obama, na sua vencedora campanha presidencial, apontou ao centro e tentou ser abrangente, o que lhe valeu o apoio da esmagadora maioria do eleitorado independente e mesmo de alguns republicanos mais moderados. Mas, agora, é atacado pela direita, que o acusa de ter uma agenda demasiadamente liberal, e por alguns sectores da ala mais esquerdista do seu próprio partido que o acusam de não estar a ser suficientemente ambicioso nas suas propostas.
Costuma dizer-se que é no meio que está a virtude. Se este ditado for verdade também na política, então os americanos terão razões para estarem preocupados , já que o seu país parece cada vez mais dividido politicamente.
Actualmente, assiste-se a uma maior polarização entre democratas e republicanos e este extremar de posições tem consequências para os políticos moderados, como Bayh, que são obrigados a "desviarem-se" mais para a esquerda, no caso dos democratas, ou mais para a direita, se forem republicanos. Assim, o centro perde espaço e tende a desaparecer em favor das alas mais duras e doutrinárias.
E este facto não se verifica apenas no Partido Democrata. Também no lado republicano se assiste ao mesmo fenómeno. Em Novembro do ano passado, vimos como a candidata do GOP a um lugar de Representante pelo Estado de Nova Iorque foi ultrapassada pela direita por um concorrente conservador. Em 2010, candidatos moderados do GOP também não terão a vida facilitada. Exemplos disso mesmo são John McCain, que enfrenta um opositor nas primárias, ou o Governador da Florida, Charlie Crist, que deverá mesmo perder o lugar para um republicano mais conservador, Marc Rubio.
Este clima fraccionário afecta, também, o presidente. Obama, na sua vencedora campanha presidencial, apontou ao centro e tentou ser abrangente, o que lhe valeu o apoio da esmagadora maioria do eleitorado independente e mesmo de alguns republicanos mais moderados. Mas, agora, é atacado pela direita, que o acusa de ter uma agenda demasiadamente liberal, e por alguns sectores da ala mais esquerdista do seu próprio partido que o acusam de não estar a ser suficientemente ambicioso nas suas propostas.
Costuma dizer-se que é no meio que está a virtude. Se este ditado for verdade também na política, então os americanos terão razões para estarem preocupados , já que o seu país parece cada vez mais dividido politicamente.
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