quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O GOP ataca o Senado

Até há poucos dias atrás, o Partido Democrata possuía uma super maioria no Senado americano, contando com 60 senadores, o que tornava a sua vantagem à prova de fillibuster. Contudo, agora, o caso mudou de figura. Os republicanos conquistaram um lugar na eleição no Massachusetts - o tal que, durante décadas, pertenceu a Ted Kennedy - e acabaram com este domínio total dos democratas no Senado.
Mas, após as eleições intercalares de Novembro próximo, as coisas podem ficar ainda mais feias para o partido de Obama. Nesse acto eleitoral, onde a votos um terço do Senado, os democratas têm muitos assentos em risco. É praticamente um dado adquirido que os liberais irão perder lugares na câmara alta do Congresso. Deverão manter a o controlo do Senado, mas a hipótese de uma maioria republicana já não é cenário totalmente impossível de suceder.

Claro que ainda faltam oito meses até às midterms e já se sabe que, em política, oito meses são uma eternidade. Actualmente, os democratas têm vários problemas em mãos, mas que podem ainda ser resolvidos em tempo útil para as eleições. Podem e devem conseguir aprovar a polémica reforma no serviço de saúde, o que lhes proporcionaria algo concreto com que pudessem fazer campanha. Depois, se bem que isso não dependa unicamente deles, podem beneficiar de uma eventual melhoria nas condições económicas do país, porque, hoje em dia, os números do desemprego atingem valores historicamente altos e, nestas condições, o partido maioritário costuma ser castigado pelos eleitores.

Sendo assim, pode-se dizer que está tudo em aberto para as eleições de Novembro. Mas, pelo menos por agora, o GOP parece ter o momentum do seu lado.

2 comentários:

  1. uma das coisas que mais impressiona na realidade política americana é a rapidez com que os heróis passam a inimigos da União e perdem força para levar a cabo aquilo que se propuseram fazer desde o início. a recorrente mudança no equilíbrio de forças entre os dois grandes partidos é uma das responsáveis pelo interesse que a política interna americana desperta por todo o lado

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  2. João, na senda do teu comentário, aconselho-te um excelente artigo na Slate:

    http://www.slate.com/id/2243797/

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