Em ano de eleições presidenciais é normal que a corrida pela Casa Branca domine os destaques noticiosos e desvie muita da atenção das eleições para o Congresso. Este ano, com a disputa pela Presidência a ser mais renhida do que nunca, o relativo esquecimento das corridas para o Congresso e para cargos estaduais é ainda mais notória. Assim, aproveitando esta espécie de pausa na campanha presidencial causada pelo Sandy, vale a pena fazer uma breve análise ao estado da corrida pelo Senado e pela Câmara dos Representantes.
Em relação à câmara baixa, já se sabia que, depois dos enormes ganhos do GOP nas eleições intercalares de 2010, em que os republicanos arrebataram a maioria na Câmara dos Representantes, seria muito difícil para os democratas, em apenas dois anos, estarem em posição de conseguir inverter a situação e voltarem a dominar a House. Para os democratas, a situação ficou ainda mais complicada, após o processo de redistricting que foi dominado, na maioria dos Estados, por legislaturas republicanas (consequência, também, das vitórias do GOP, em 2010) que souberam "trabalhar" o mapa dos congressional districts de forma a maximizar as suas hipóteses em eleições para a Câmara dos Representantes. Não obstante, é expectável que os democratas "roubem" alguns lugares ao Partido Republicano, ainda que esses ganhos não venham a ser suficientes para que Nancy Pelosi volte a ocupar o lugar de Speaker.
No Senado, a situação é muito semelhante. Actualmente, o Partido Democrata conta com uma maioria de 53 senadores, face aos 47 do lado republicano. Até há alguns meses atrás, a perda da maioria por parte dos democratas era um dado praticamente adquirido. Contudo, alguns erros de casting por parte dos eleitores republicanos nas primárias (à semelhança do que sucedeu em 2010) e gaffes monumentais por parte dos próprios candidatos do GOP (Todd Akin, no Missouri, e Richard Mourdock foram os casos mais gritantes, com os seus "estranhos" comentários acerca da questão do aborto em situações de violação). Assim, tudo indica que os democratas serão capazes de manter o controlo da câmara alta, não sendo totalmente impossível que consigam mesmo aumentar a sua maioria. Na minha opinião, o figurino do Senado não deverá sofrer grandes modificações e os democratas deverão ficar, após as eleições, com uma representação entre os 52 e os 54 senadores.
Em conclusão, percebe-se que as eleições legislativas deste ano não devem trazer grandes novidades no que diz respeito à composição do Congresso norte-americano. Também por isso se entende que, neste ciclo eleitoral, as centenas de corridas por cargos na Câmara dos Representantes e no Senado não estejam a suscitar um grande interesse por parte dos media, que se interessam mais por verdadeiras horse races. Nesse aspecto, a corrida pela Casa Branca deste ano, totalmente em aberto, é imbatível.
No Senado, a situação é muito semelhante. Actualmente, o Partido Democrata conta com uma maioria de 53 senadores, face aos 47 do lado republicano. Até há alguns meses atrás, a perda da maioria por parte dos democratas era um dado praticamente adquirido. Contudo, alguns erros de casting por parte dos eleitores republicanos nas primárias (à semelhança do que sucedeu em 2010) e gaffes monumentais por parte dos próprios candidatos do GOP (Todd Akin, no Missouri, e Richard Mourdock foram os casos mais gritantes, com os seus "estranhos" comentários acerca da questão do aborto em situações de violação). Assim, tudo indica que os democratas serão capazes de manter o controlo da câmara alta, não sendo totalmente impossível que consigam mesmo aumentar a sua maioria. Na minha opinião, o figurino do Senado não deverá sofrer grandes modificações e os democratas deverão ficar, após as eleições, com uma representação entre os 52 e os 54 senadores.
Em conclusão, percebe-se que as eleições legislativas deste ano não devem trazer grandes novidades no que diz respeito à composição do Congresso norte-americano. Também por isso se entende que, neste ciclo eleitoral, as centenas de corridas por cargos na Câmara dos Representantes e no Senado não estejam a suscitar um grande interesse por parte dos media, que se interessam mais por verdadeiras horse races. Nesse aspecto, a corrida pela Casa Branca deste ano, totalmente em aberto, é imbatível.
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