Acossado pelos seus opositores que criticam a sua reacção ao desastre ambiental provocado pelo derrame da plataforma petrolífera no Golfo do México, Barack Obama voltou a dar uma conferência de imprensa, algo que não fazia há meses. Talvez não seja coincidência o facto de esse seu último encontro com os jornalistas na Casa Branca não ter corrido muito bem: foi nessa ocasião que afirmou que a polícia tinha "agido estupidamente" ao prender um professor universitário negro, quando este forçava a entrada na sua própria casa.
Após tanto tempo sem uma conferência de imprensa, é possível fazer uma breve análise sobre a relação de Obama com os media, que, hoje em dia, não parece ser a melhor. E este é um fenómeno que não era expectável, tendo em conta o historial de Obama com a comunicação social, particularmente durante a campanha presidencial. Nessa época, o, na altura, senador do Illinois era até visto como sendo muito próximo dos jornalistas que viajavam com ele e era acusado pela sua opositora nas primárias, Hillary Clinton, e, mais tarde, por John McCain, como estando a ser levado ao colo pelos media.
Porém, ao que parece, a mudança para o nº 1600 da Pennsylvania Avenue não fez bem às relações de Obama com a comunicação social. Os jornalistas que cobrem a Casa Branca têm-se queixado frequentemente do pouco acesso que têm ao presidente, talvez até menos do que em relação aos seus antecessores, o que se torna algo frustrante, dado que Obama, durante a campanha, prometeu uma presidência aberta aos cidadãos. E, de facto, no início da sua presidência, ainda a viver o período de "lua-de-mel" com os americanos, Obama foi um presidente muito comunicativo e quase sempre disponível a prestar declarações ou a falar em público. Porém, quando os seus índices de popularidade começaram a descer e os problemas com a reforma da saúde se acentuaram, o seu modus operandis alterou-se.
Parece-me a mim que a política de comunicação da Casa Branca pecou primeiro por excesso e, depois, por defeito, já que Obama e os seus assessores nunca conseguiram acertar na medida certa a nível de comunicação externa. Um presidente americano não deve falar de menos, já que corre o risco de dar a entender não estar em contacto com a realidade e com os problemas do país, nem deve falar de mais, visto que é uma verdadeira "pistola humana", com cada declaração sua a ter grandes repercussões.
Agora, o presidente americano parece querer recuperar o controlo e demonstrar que está ao leme do país. Esta crise ambiental pode mesmo ser um importante desafio para a sua presidência e Obama sabe que tem de controlar os danos já existentes (os ambientais e os da sua imagem) e que, para isso, a sua capacidade comunicativa e a sua relação com os media vão ser factores fundamentais.
Porém, ao que parece, a mudança para o nº 1600 da Pennsylvania Avenue não fez bem às relações de Obama com a comunicação social. Os jornalistas que cobrem a Casa Branca têm-se queixado frequentemente do pouco acesso que têm ao presidente, talvez até menos do que em relação aos seus antecessores, o que se torna algo frustrante, dado que Obama, durante a campanha, prometeu uma presidência aberta aos cidadãos. E, de facto, no início da sua presidência, ainda a viver o período de "lua-de-mel" com os americanos, Obama foi um presidente muito comunicativo e quase sempre disponível a prestar declarações ou a falar em público. Porém, quando os seus índices de popularidade começaram a descer e os problemas com a reforma da saúde se acentuaram, o seu modus operandis alterou-se.
Parece-me a mim que a política de comunicação da Casa Branca pecou primeiro por excesso e, depois, por defeito, já que Obama e os seus assessores nunca conseguiram acertar na medida certa a nível de comunicação externa. Um presidente americano não deve falar de menos, já que corre o risco de dar a entender não estar em contacto com a realidade e com os problemas do país, nem deve falar de mais, visto que é uma verdadeira "pistola humana", com cada declaração sua a ter grandes repercussões.
Agora, o presidente americano parece querer recuperar o controlo e demonstrar que está ao leme do país. Esta crise ambiental pode mesmo ser um importante desafio para a sua presidência e Obama sabe que tem de controlar os danos já existentes (os ambientais e os da sua imagem) e que, para isso, a sua capacidade comunicativa e a sua relação com os media vão ser factores fundamentais.
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