Não foram só as eleições primárias de Terça-feira a marcarem a semana política americana. Durante os últimos dias, duas polémicas encheram as primeiras páginas dos jornais nos Estados Unidos. A nível partidário, esta matéria resultou num empate, com um caso para cada lado.
A primeira história remete-nos para o candidato democrata ao Senado pelo Estado do Connecticut, Richard Blumenthal, que foi apanhado a mentir sobre o seu passado militar, referindo-se ao serviço prestado na guerra do Vietname, quando, na verdade, nem sequer chegou a pisar solo vietnamita, tendo recorrido a sucessivos adiamentos para evitar a incorporação militar em tempo de guerra. Já se sabe que o tema do serviço militar é um dos mais sensíveis para a sociedade americana e estas mentiras (ou enganos, como Blumenthal tem afirmado) estão a ser vistas como um desrespeito pelos veteranos de guerra norte-americanos. Assim, após este monumental tropeção de Blumenthal, uma corrida que ninguém esperaria poder vir a fugir aos democratas - após a decisão de Chris Dodd, o impopular detentor do cargo, de não se recandidatar - passa a estar na coluna das eleições que podem a vir a ser disputadas.
Por sua vez, a polémica republicana tem a ver com Rand Paul, o recém-nomeado candidato do GOP ao Senado pelo Estado do Kentucky. Paul, que pode muito bem representar a primeira grande vitória do Tea Party sobre o establishment do Partido Republicano, tem sido criticado por parte dos media americanos, que o acusam de assumir posições radicais, completamente fora do mainstream político do país. Recentemente, Paul pôs em causa a legitimidade de um aspecto do Civil Rights Act de 1964 (a legislação que acabou com a segregação entre brancos e negros), que proibiu a discriminação racial em estabelecimentos privados. Esta posição colocou os movimentos dos direitos civis e vários quadrantes da sociedade americana em polvorosa, mas os efeitos sobre o estado da corrida ao Senado são ainda incertos. Porém, também aqui, a eleição de Rand Paul e estas suas declarações parecem vir trazer algum equilíbrio a uma disputa que, à partida, era dada como certa para o GOP.
Estas duas controvérsias prometem uma campanha de Verão muito quente - e não só devido ao calor - nas corridas do Connecticut e do Kentucky ao Senado. Como tal, irão merecer, ao longo dos próximos tempos, uma atenção especial por parte do Máquina Política.
Por sua vez, a polémica republicana tem a ver com Rand Paul, o recém-nomeado candidato do GOP ao Senado pelo Estado do Kentucky. Paul, que pode muito bem representar a primeira grande vitória do Tea Party sobre o establishment do Partido Republicano, tem sido criticado por parte dos media americanos, que o acusam de assumir posições radicais, completamente fora do mainstream político do país. Recentemente, Paul pôs em causa a legitimidade de um aspecto do Civil Rights Act de 1964 (a legislação que acabou com a segregação entre brancos e negros), que proibiu a discriminação racial em estabelecimentos privados. Esta posição colocou os movimentos dos direitos civis e vários quadrantes da sociedade americana em polvorosa, mas os efeitos sobre o estado da corrida ao Senado são ainda incertos. Porém, também aqui, a eleição de Rand Paul e estas suas declarações parecem vir trazer algum equilíbrio a uma disputa que, à partida, era dada como certa para o GOP.
Estas duas controvérsias prometem uma campanha de Verão muito quente - e não só devido ao calor - nas corridas do Connecticut e do Kentucky ao Senado. Como tal, irão merecer, ao longo dos próximos tempos, uma atenção especial por parte do Máquina Política.
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