Já se percebeu que, este ano, os senadores, governadores e congressistas que tentam a reeleição não terão vida fácil. Na verdade, o ambiente político é-lhes extremamente desfavorável, dada a lenta recuperação desde a crise financeira e económica de 2008, que faz com que os eleitores, na hora de procurarem culpados, tendam a escolher os actuais detentores de cargos públicos, favorecendo aqueles que tentam substituí-los.
Outro fenómeno a que se está a assistir nas eleições primárias deste ano, e em ambos os partidos, é o dos problemas que os candidatos mais moderados estão a enfrentar para se defenderem dos concorrentes que os atacam pela Direita, no caso republicano, ou pela Esquerda, no caso democrata. É um sinal da progressiva polarização da política americana que, a meu ver, não é bom sinal.
Esta semana, assistiu-se a um destes casos, com o afastamento do senador do Utah, o republicano Robert Bennett, da corrida à nomeação do GOP, numa convenção do partido, em detrimento de dois candidatos mais conservadores. Contudo, este é um caso singular, visto que Bennett foi derrotado devido ao sistema invulgar utilizado pelos republicanos neste Estado - uma convenção - exclusivo a um pequeno número de pessoas, na sua maioria bem mais conservadora que o grosso dos eleitores republicanos do Utah, já de si um Estado bem alinhado à Direita.
Na próxima Terça-feira, é possível que vejamos mais um incumbente moderado a ser afastado precocemente. Nesse dia, disputam-se as primárias na Pennsylvania, com o actual senador democrata, Arlen Specter, a ter a concorrência do congressista Joe Sestak, que tem surgido na dianteira da corrida em sucessivas sondagens. Sestak, um ex-Almirante da Marinha americana, tem-se assumido como a alternativa mais liberal a Specter, apesar de o seu currículo na Câmara dos Representantes até o colocar mais à Direita do que o seu opositor. O caso de Arlen Specter é curioso, pois este entrou para o Senado em 1981, mas, na altura, como republicano. No ano passado, quando percebeu que devido ao seu historial de voto - alinhado com os democratas - não teria hipóteses de ser nomeado pelo GOP, mudou-se para o lado democrata. Porém, parece que, no fim de contas, esta mudança pode não ter o desfecho que Specter desejava.
De facto, o clima político que se vive nos Estados Unidos não favorece Specter nem outros que, como ele, se encontram duplamente fragilizados: por um lado, pelo sentimento anti-Washington; por outro, pela sua posição moderada, que os torna mais vulneráveis a ataques pelo flanco.
Outro fenómeno a que se está a assistir nas eleições primárias deste ano, e em ambos os partidos, é o dos problemas que os candidatos mais moderados estão a enfrentar para se defenderem dos concorrentes que os atacam pela Direita, no caso republicano, ou pela Esquerda, no caso democrata. É um sinal da progressiva polarização da política americana que, a meu ver, não é bom sinal.
Esta semana, assistiu-se a um destes casos, com o afastamento do senador do Utah, o republicano Robert Bennett, da corrida à nomeação do GOP, numa convenção do partido, em detrimento de dois candidatos mais conservadores. Contudo, este é um caso singular, visto que Bennett foi derrotado devido ao sistema invulgar utilizado pelos republicanos neste Estado - uma convenção - exclusivo a um pequeno número de pessoas, na sua maioria bem mais conservadora que o grosso dos eleitores republicanos do Utah, já de si um Estado bem alinhado à Direita.
Na próxima Terça-feira, é possível que vejamos mais um incumbente moderado a ser afastado precocemente. Nesse dia, disputam-se as primárias na Pennsylvania, com o actual senador democrata, Arlen Specter, a ter a concorrência do congressista Joe Sestak, que tem surgido na dianteira da corrida em sucessivas sondagens. Sestak, um ex-Almirante da Marinha americana, tem-se assumido como a alternativa mais liberal a Specter, apesar de o seu currículo na Câmara dos Representantes até o colocar mais à Direita do que o seu opositor. O caso de Arlen Specter é curioso, pois este entrou para o Senado em 1981, mas, na altura, como republicano. No ano passado, quando percebeu que devido ao seu historial de voto - alinhado com os democratas - não teria hipóteses de ser nomeado pelo GOP, mudou-se para o lado democrata. Porém, parece que, no fim de contas, esta mudança pode não ter o desfecho que Specter desejava.
De facto, o clima político que se vive nos Estados Unidos não favorece Specter nem outros que, como ele, se encontram duplamente fragilizados: por um lado, pelo sentimento anti-Washington; por outro, pela sua posição moderada, que os torna mais vulneráveis a ataques pelo flanco.
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