Aprovada a reforma da saúde na Câmara dos Representantes, é altura de perceber como os americanos respondem a esta realização da administração de Obama. As duas sondagens lançadas até ao momento, realizadas integralmente após a passagem do diploma, parecem indicar uma visão mais favorável do povo americano em relação à reforma.
A conceituada Gallup anunciou um estudo que coloca mesmo o Obamacare em patamares muito positivos, com 49% dos americanos a considerarem esta legislação como algo positivo, enquanto apenas 40% pensam o contrário. Já uma sondagem da CBS News apresenta valores mais modestos, num inquérito realizado às mesmas pessoas que haviam respondido a um outro semelhante, mas antes da aprovação da reforma, o que permite uma melhor avaliação do impacto da vitória da administração democrata. Segundo este estudo, antes da sua aprovação, o plano de reforma era visto favoravelmente por apenas 37% da amostra, contra 48% que se opunha. Mas, após a passagem do diploma, estes números ficaram mais equilibrados (42% a favor e 46% contra).
Estes duas primeiras sondagens (apesar da da Gallup poder ser um outlier) sugerem um bounce nos números de aprovação da reforma da saúde americana. O que não deixa de ser previsível, porque é habitual que grandes feitos, legislativos ou de outra ordem, resultem numa subida das sondagens para os seus proponentes e/ou executores. Mas, por outro lado, também é normal que estes "saltos" sejam apenas temporários, não se traduzindo num fenómeno duradouro.
Por isso, nos próximos tempos, será interessante confirmar a existência deste bounce, assim como a sua dimensão, mas acima de tudo será importante perceber se este facto se revelará consistente. Sobre isto terá muita influência o modo como os dois lados conseguirão (ou não) fazer passar a sua mensagem ao povo americano. Terminada a disputa da aprovação da reforma, começa, agora, uma nova batalha não menos importante: a luta pela sua "venda" ao público.
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