Não restam grandes dúvidas. Obama ganhou todos os battleground states que já foram projectados e entre os que se encontram em discussão apenas está atrás na North Carolina (e por muito pouco). A qualquer momento, poderá ser declarado vencedor na Virginia ou na Florida, o que, a acontecer, significará o ponto final na questão.
Afinal, tudo indica que o Presidente terá uma vitória relativamente folgada no Colégio Eleitoral. Faltará saber qual a distribuição do voto popular, ainda que seja previsível que Obama derrote Mitt Romney por um ou dois pontos percentuais. Com estes resultados, evita-se o cenário que poderia ser despoletado com uma corrida disputada ao milímetro, que envolveria recontagens, exércitos de advogados e tensão social.
Deixarei análises mais aprofundados para os próximos dias, mas, pelo que os números têm mostrado, Obama manteve praticamente intacta a coligação que o elegeu em 2008. Os afro-americanos, os hispânicos as mulheres, as jovens e o eleitorado urbano voltaram a apoiá-lo de forma maioritária. Além disso, a comparência às urnas não diminuiu em relação às eleições anteriores. Na verdade, e segundo as exit polls, a percentagem dos eleitores brancos no universo do eleitorado voltou a diminuir, à imagem do que tem sucedido nas últimas décadas.
Mas não foi apenas Obama a vencer esta noite. A noite positiva para os democratas foi completada com um excelente desempenho dos seus candidatos ao Senado, o que lhes permite manter o controlo da câmara baixa do Congresso num ano que se previa muito complicado para os senadores democratas. Para os republicanos, a manutenção da maioria na Câmara dos Representantes não deverá servir de grande consolo e é de esperar que a noite de hoje tenha grandes repercussões no futuro do partido conservador.
Sem comentários:
Enviar um comentário