De modo inesperado, David Petraeus demitiu-se do cargo de Director da Central Intelligence Agency (CIA), posto que ocupava há cerca de um ano, por nomeação presidencial. Na origem desta decisão esteve um caso extra-conjugal que o general vinha mantendo com a autora da sua biografia, o que representa, segundo Petraeus, um comportamento inaceitável para um marido e para o líder da principal agência de espionagem norte-americana. Barack Obama aceitou a demissão do general que ficou famoso por ter sido o mentor e principal executante da estratégia de surge que foi um sucesso no Iraque e o FBI está já a investigar as eventuais falhas de segurança que possam ter sido causadas por este caso - Petraeus poderia ter sido alvo de chantagem e, ao que consta, a amante do general terá tido acesso a informação confidencial.
Nos últimos anos, muito se falou do potencial político de David Petraeus (chegou mesmo a ser considerado como um possível candidato presidencial em 2012). Contudo, depois deste escândalo sexual - o género mais suculento para a comunicação social - a sua carreira militar chega ao fim e as suas eventuais esperanças políticas saem prejudicadas. É verdade que, actualmente, já nem nos Estados Unidos é impossível para um político adúltero ou divorciado concorrer a um cargo público (veja-se, por exemplo, o exemplo de Newt Gringrich), mas este caso vem manchar, e muito, a imagem pública do mais proeminente militar norte-americano dos últimos anos.
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