A três dias do dia das eleições nos Estados Unidos, é esta a minha previsão: Barack Obama será reeleito para um novo mandato como Presidente norte-americano. Conseguirá mais do que 270 votos eleitorais (mais tarde farei a minha previsão do mapa eleitoral) e, penso eu, alcançará ainda o maior número de votos a nível nacional, evitando, assim, que se repita, à imagem do que sucedeu em 2000, um cenário de divisão entre o voto do Colégio Eleitoral e do voto popular.
Até há poucos dias, e apesar de atribuir um ligeiro favoritismo a Obama, recusava-me a indicar um vencedor nesta disputadíssima corrida pela Casa Branca. Contudo, neste momento, o actual ocupante da Sala Oval possui, segundo as sondagens, uma liderança sólida em Estados decisivos e que serão suficientes para que vença o Colégio Eleitoral. No Nevada, no Wisconsin e no Ohio, Obama tem surgido constantemente à frente de Mitt Romney e a única esperança para o nomeado republicano é que as sondagens estejam totalmente erradas. É possível, mas, a tão poucos dias da eleição e com tantas entidades a sondar estes Estados, é algo bastante improvável. Além disso, Obama recuperou terreno na Virginia e na Florida. No primeiro caso, o democrata parece estar mesmo a levar a melhor, enquanto que no Sunshine State, o equilíbrio é a nota dominante. Se vencer num destes Estados, então a eleição será decidida bastante cedo na noite eleitoral.
A vantagem de Obama no Colégio Eleitoral não é um dado novo e já tenho escrito muito sobre isso. Todavia, desde o primeiro debate, em Denver, e em que Romney foi o incontestado vencedor, que as sondagens nacionais tinham tendência para indicar que o antigo Governador do Massachusetts poderia vir a ser o candidato a receber mais votos no dia 6 de Novembro. Acontece que, nos últimos dias, essa tendência tem vindo a inverter-se e, agora, a maioria das sondagens nacionais mostram um empate ou uma ligeira vantagem de Obama. Até a tracking poll da Rasmussen, que chegou a dar cinco pontos de vantagem a Romney, mostra agora a corrida empatada. Segunda-feira, a véspera da eleição, regressará a mais famosa das tracking polls, a da Gallup, que interrempeu os seus trabalhos devido ao furacão Sandy. Aguarda-se com expectativa os números que a Gallup anunciará, já que esta tracking poll tem sido a mais favorável aos republicanos, tendo, a determinada altura, atribuido a Mitt Romney uma vantagem de 7% sobre Obama.
Mas, independentemente do que a Gallup vier a anunciar, mantenho a minha previsão de uma vitória para Barack Obama. Os últimos dias foram extremamente positivos para o Presidente, que correspondeu â altura do cargo que exerce por ocasião da crise provocada pelo Sandy e viu a economia americana criar um grande número de empregossegundo o relatório da passada Sexta-feira, segundo o relatório divulgado na passada Sexta-feira.
Contudo, as previsões, como as sondagens, valem o que valem e a verdadeira decisão caberá aos cidadãos norte-americanos, no dia 6 de Novembro. Se a minha previsão falhar, então cá estarei para me penitenciar.
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