A campanha presidencial de 2012 foi longa e animada, e, no final, o vencedor foi Barack Obama, que foi eleito para um segundo mandato de quatro anos na Casa Branca. Agora, quando o grosso da poeira da noite eleitoral já assentou, é altura de fazer um breve balanço desta louca corrida e identificar as principais razões que levaram à vitória de Obama. O primeiro post de uma curta série, onde apresentarei as principais questões que estiveram na origem do triunfo do candidato democrata é dedicado à competente e eficaz campanha de Barack Obama.
Apesar de todas as dificuldades que pareciam complicar a reeleição do Presidente, como a alta taxa de desemprego ou a baixa taxa de aprovação do trabalho de Obama, a campanha liderada por David Axelrod, David Plouffe e Jim Messina foi extremamente eficaz a definir a sua mensagem e a obrigar a campanha de Romney a jogar segundo as suas regras.
A decisão de um ataque preventivo a Mitt Romney, logo no final das primárias republicanas, foi decisiva. Ao contrário do que é normal, a campanha democrata optou por muito cedo realizar uma grande barragem de ataques negativos, que conseguiu com sucesso caracterizar Romney como um milionário desligado da realidade do cidadão comum e que fez carreira (e fortuna) a destruir empregos nos Estados Unidos. O candidato republicano, que não contava e não estava preparado para um raid desta natureza quando acabava de sair de umas primárias desgastantes, nunca conseguiu desses ataques.
A campanha democrata também foi capaz a convencer a maioria dos eleitores norte-americanos de que o Presidente encontrou a economia norte-americana num péssimo estado, após oito anos de George W. Bush e que um mandato não era suficiente para Obama ser capaz de "limpar a casa". A eficácia desta táctica fica comprovada pelo facto de 53% dos eleitores americanos considerar que Bush é o principal culpado pelo estado da economia e só 38% culparem principalmente Obama.
Outro aspecto importante da campanha de Obama foi o facto de nunca entrar em pânico, mesmo depois da desastrosa prestação do seu candidato no primeiro debate. Nessa ocasião, muitos foram os liberais que sobre-reagiram a essa derrota de Obama e clamaram pelo soar dos alarmes em Chicago. Contudo, a campanha do Presidente manteve-se serena conseguiu, pouco a pouco, fazer uma eficiente gestão dos danos causados pelo primeiro debate.
Finalmente, o ground game democrata foi o claro vencedor nestas eleições. À imagem do que sucedeu em 2008, o voto antecipado foi uma forte aposta da campanha de Obama que amealhou uma vantagem em votos depositados com antecedência, da qual os republicanos foram incapazes de recuperar. Houve quem pensasse que os democratas encaravam estas eleições com menor entusiasmos do que as de há quatro anos e que isso levaria a uma menor participação eleitoral de grupos que apoiam maioritariamente o Presidente. Todavia, essas previsões provaram-se totalmente erradas e a campanha democrata foi essencial ao mobilizar os seus eleitores e a levá-los às urnas. Também por isso, os os afro-americanos votaram em números idênticos aos de 2008, enquanto que, entre os hispânicos e os jovens, a participação foi ainda superior em relação à primeira eleição de Obama.
Estes são apenas as principais capacidades demonstradas pela campanha presidencial de Barack Obama, que provou, uma vez mais, que é a melhor e maior organização política e eleitoral da história dos Estados Unidos, batendo a estrutura do Partido Republicano que, durante os anos Bush, parecia imbatível. Não admira por isso, que Barack Obama se tenha emocionado a agradecer a alguns dos seus fiéis apoiantes e voluntários. Afinal, a sua vitória também se deve, e muito, a eles.
Apesar de todas as dificuldades que pareciam complicar a reeleição do Presidente, como a alta taxa de desemprego ou a baixa taxa de aprovação do trabalho de Obama, a campanha liderada por David Axelrod, David Plouffe e Jim Messina foi extremamente eficaz a definir a sua mensagem e a obrigar a campanha de Romney a jogar segundo as suas regras.
A decisão de um ataque preventivo a Mitt Romney, logo no final das primárias republicanas, foi decisiva. Ao contrário do que é normal, a campanha democrata optou por muito cedo realizar uma grande barragem de ataques negativos, que conseguiu com sucesso caracterizar Romney como um milionário desligado da realidade do cidadão comum e que fez carreira (e fortuna) a destruir empregos nos Estados Unidos. O candidato republicano, que não contava e não estava preparado para um raid desta natureza quando acabava de sair de umas primárias desgastantes, nunca conseguiu desses ataques.
A campanha democrata também foi capaz a convencer a maioria dos eleitores norte-americanos de que o Presidente encontrou a economia norte-americana num péssimo estado, após oito anos de George W. Bush e que um mandato não era suficiente para Obama ser capaz de "limpar a casa". A eficácia desta táctica fica comprovada pelo facto de 53% dos eleitores americanos considerar que Bush é o principal culpado pelo estado da economia e só 38% culparem principalmente Obama.
Outro aspecto importante da campanha de Obama foi o facto de nunca entrar em pânico, mesmo depois da desastrosa prestação do seu candidato no primeiro debate. Nessa ocasião, muitos foram os liberais que sobre-reagiram a essa derrota de Obama e clamaram pelo soar dos alarmes em Chicago. Contudo, a campanha do Presidente manteve-se serena conseguiu, pouco a pouco, fazer uma eficiente gestão dos danos causados pelo primeiro debate.
Finalmente, o ground game democrata foi o claro vencedor nestas eleições. À imagem do que sucedeu em 2008, o voto antecipado foi uma forte aposta da campanha de Obama que amealhou uma vantagem em votos depositados com antecedência, da qual os republicanos foram incapazes de recuperar. Houve quem pensasse que os democratas encaravam estas eleições com menor entusiasmos do que as de há quatro anos e que isso levaria a uma menor participação eleitoral de grupos que apoiam maioritariamente o Presidente. Todavia, essas previsões provaram-se totalmente erradas e a campanha democrata foi essencial ao mobilizar os seus eleitores e a levá-los às urnas. Também por isso, os os afro-americanos votaram em números idênticos aos de 2008, enquanto que, entre os hispânicos e os jovens, a participação foi ainda superior em relação à primeira eleição de Obama.
Estes são apenas as principais capacidades demonstradas pela campanha presidencial de Barack Obama, que provou, uma vez mais, que é a melhor e maior organização política e eleitoral da história dos Estados Unidos, batendo a estrutura do Partido Republicano que, durante os anos Bush, parecia imbatível. Não admira por isso, que Barack Obama se tenha emocionado a agradecer a alguns dos seus fiéis apoiantes e voluntários. Afinal, a sua vitória também se deve, e muito, a eles.
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