Terminou ontem o período de convenções nacionais, após ter decorrido o último dia da Convenção Democrata, marcada, claro está, pelo discurso de aceitação formal da nomeação presidencial por parte de Barack Obama. Antes do Presidente, porém, várias figuras discursaram, incluíndo alguns pesos-pesados da política norte-americana.
Charlie Christ, o antigo Governador da Florida que era republicano, concorreu em 2010 ao Senado como independente (depois de se ver ultrapassado nas primárias republicanas por Marco Rubio) e, agora, parece muito próximo dos democratas, surgiu no pódio a desempenhar o papel de republicano dissidente que apoia Barack Obama, depois deste ter salvo, segundo Christie, a economia do Estado da Florida. É duvidoso que este endorsement tenha grande influência na corrida pelo sunshine state, que, com os seus 29 votos eleitorais, é fundamental na disputa pela Casa Branca. Contudo, é possível que, em 2014, Charlie Christ volte a concorrer par ao cargo de Governador da Florida, desta vez como democrata.
Quem também parece interessado num novo cargo é John Kerry, que aponta à Secretaria de Estado num eventual segundo mandato de Obama. Já em 2008, o Senador pelo Massachusetts havia sido referenciado para o mais alto cargo da diplomacia norte-americana, tendo sido, contudo, ultrapassado por Hillary Clinton, que já anunciou não desejar cumprir um segundo mandato. O antigo candidato presidencial falou ontem na Convenção, servindo essencialmente para atacar Mitt Romney e o GOP em questões de política externa. Nessa função, saiu-se muito bem e, este ano, ao contrário do que é habitual, serão os democratas a levar vantagem na área da política externa.
Quem também parece interessado num novo cargo é John Kerry, que aponta à Secretaria de Estado num eventual segundo mandato de Obama. Já em 2008, o Senador pelo Massachusetts havia sido referenciado para o mais alto cargo da diplomacia norte-americana, tendo sido, contudo, ultrapassado por Hillary Clinton, que já anunciou não desejar cumprir um segundo mandato. O antigo candidato presidencial falou ontem na Convenção, servindo essencialmente para atacar Mitt Romney e o GOP em questões de política externa. Nessa função, saiu-se muito bem e, este ano, ao contrário do que é habitual, serão os democratas a levar vantagem na área da política externa.
Antes de Obama, e fora do horário nobre, o que não é habitual para candidatos à Vice-Presidência, falou Joe Biden, que, como é seu apanágio, se dirigiu principalmente à classe média e apresentou um discurso mesclado entre a defesa do primeiro mandato de Barack Obama e o ataque ao candidato presidencial republicano. Com a sua conhecida capacidade para se dirigir num tom pessoal e directo ao eleitorado, Biden conseguiu um bom e emotivo desempenho e preparou o ambiente para o discurso seguinte: o de Barack Obama.
Depois dos excelentes discursos que marcaram a Convenção Democrata, em especial os de Michelle Obama e de Bill Clinton, as expectativas eram elevadas para quando fosse a vez de Obama subir ao pódio. Contudo, o Presidente dos Estados Unidos optou por, ao contrário do que fez há quatro anos, não realizar um discurso apaixonado, preferindo uma comunicação mais sóbria, reflectindo, talvez, o peso da responsabilidade do selo presidencial. Apesar de não ter sido um discurso memorável (o vídeo do discurso pode ser visualizado aqui), Obama evitou grandes riscos e cumpriu a sua parte, tentando demonstrar aos americanos que necessita de mais quatro anos na Casa Branca para resolver todos os problemas que herdou da administração republicana anterior.
No final de contas, e apesar de alguns percalços, a Convenção Democrata, foi, globalmente, superior à Convenção Republicana, em grande parte devido aos êxitos de Michelle e Clinton. Contudo, não deverá ser por isso que Obama vencerá a eleição e apenas nos próximos dias saberemos se o ticket democrata consegue ou não uma subida nas sondagens, depois destes dias positivos em Charlotte. Terminadas as convenções, a corrida está definitivamente lançada e entra, agora, na sua fase decisiva.
Depois dos excelentes discursos que marcaram a Convenção Democrata, em especial os de Michelle Obama e de Bill Clinton, as expectativas eram elevadas para quando fosse a vez de Obama subir ao pódio. Contudo, o Presidente dos Estados Unidos optou por, ao contrário do que fez há quatro anos, não realizar um discurso apaixonado, preferindo uma comunicação mais sóbria, reflectindo, talvez, o peso da responsabilidade do selo presidencial. Apesar de não ter sido um discurso memorável (o vídeo do discurso pode ser visualizado aqui), Obama evitou grandes riscos e cumpriu a sua parte, tentando demonstrar aos americanos que necessita de mais quatro anos na Casa Branca para resolver todos os problemas que herdou da administração republicana anterior.
No final de contas, e apesar de alguns percalços, a Convenção Democrata, foi, globalmente, superior à Convenção Republicana, em grande parte devido aos êxitos de Michelle e Clinton. Contudo, não deverá ser por isso que Obama vencerá a eleição e apenas nos próximos dias saberemos se o ticket democrata consegue ou não uma subida nas sondagens, depois destes dias positivos em Charlotte. Terminadas as convenções, a corrida está definitivamente lançada e entra, agora, na sua fase decisiva.
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