Newt Gingrich - 40,4%
Mitt Romney - 27,8%
Rick Santorum - 17,0%
Ron Paul - 13,0%
Contados todos os votos, fica a certeza que Newt Gingrich obteve uma tremenda vitória, tendo alcançado a marca dos 40% e deixado Romney a quase 14 pontos percentuais de distância.
Por esta altura, a campanha do antigo Governador do Massachusetts deve estar a fazer contas à vida e a preparar-se para uma campanha mais longa e complicada do que se previa há poucos dias atrás. De facto, ainda no início da semana, Romney tinha vencido o Iowa e o New Hampshire, liderava destacado na Carolina do Sul e Jon Huntsman desistia a seu favor. Contudo, um debate televisivo, alguma cobertura negativa, a desistência de Perry que passou a apoiar Gingrich e a declaração de Santorum como vencedor no Iowa foram elementos que mudaram por completo a narrativa da campanha.
Agora vem a Florida, que tem a sua primária no próximo dia 31 de Janeiro, e que deverá ser decisiva. Romney tinha vindo a mostrar muita força nas sondagens, mas, depois dos resultados de ontem, será curioso como evoluirão os números no Sunshine State. Gingrich tem momentum, mas falta-lhe o dinheiro que Romney tem em fartura. A não ser, claro está, que surjam contribuições avultadas de conservadores com muito dinheiro e que contribuam para o Super PAC do antigo Speaker. Pelo menos, Gingrich não terá de se preocupar com o eventual endorsement de Jeb Bush a Romney, como chegou a ser falado durante a noite eleitoral de ontem. O antigo Governador da Florida (e irmão de George W. Bush) já anunciou que não irá apoiar ninguém antes da primária do seu Estado.
Neste momento, a corrida parece estar reduzida a dois nomes, mas Rick Santorum não teve uma noite terrível e aguentou o último lugar do pódio. É verdade que 17% na Carolina do Sul, um Estado socialmente conservador e onde Santorum devia ser mais apelativo, não é um grande resultado, mas não me parece que o antigo Senador pela Pensilvânia esteja a pensar desistir. Numa campanha como esta, onde tudo é possível, Santorum deverá querer esperar para ver se a campanha de Gingrich implode novamente (o que não é propriamente um cenário inimaginável) ou se surge uma qualquer outra oportunidade para voltar à luta pela nomeação. Ron Paul, por sua vez, deverá ficar na corrida até ao fim, espalhando a sua mensagem e ideias libertárias.
Agora é tempo de os candidatos abandonarem a Carolina do Sul e rumarem a Sul, para a Florida, onde deverá ter lugar a mais importante primária até ao momento. Romney ainda é o favorito a vencer, mas terá de saber reagir à dura derrota de ontem. Da mesma maneira, Gingrich terá de ser capaz de lidar com a vitória, ao invés do que aconteceu quando, antes do Iowa, liderava isolado as sondagens e tomou uma série de decisões erradas que quase lhe custaram a sua candidatura presidencial. De qualquer forma, uma coisa parece certa: temos corrida!
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