É esta a famosa expressão utilizada para dar início aos combates de boxe nos Estados Unidos. Todavia, também poderia ser usada para lançar a época de primárias presidenciais, que começa hoje com a realização dos caucuses do Iowa.
O sistema de caucus difere do método tradicional de voto secreto em urna, já que se trata de um género de assembleia, onde os eleitores se reúnem para discutir e debater todas as opções, havendo comités de apoiantes de cada candidato quem tentam convencer os eleitores indecisos a optarem pelo seu concorrente. No final, existe um qualquer tipo de votação, normalmente de braço no ar.
Ora, as particularidades do sistema de caucus podem tornar as sondagens menos precisas, havendo sempre a possibilidade de haver uma surpresa na noite eleitoral. Além disso, no Iowa os caucuses são abertos, querendo isto dizer que os eleitores registados como independentes ou mesmo como democratas também podem votar na eleição republicana. Pode, por isso, suceder que alguns democratas queiram sabotar a corrida dos seus adversários, votando, por exemplo, em Ron Paul, que quase todos consideram não ter hipóteses numa eventual eleição geral face a Barack Obama.
E, já que falamos no Presidente americano, convém lembrar que também ele irá a votos, hoje, no Iowa, já que, em paralelo com os republicanos, também os democratas do hawkeye state organizam os seus caucuses. Contudo, neste caso, Obama concorre sozinho e a votação não terá qualquer significado prático. Até porque Obama e os seus apoiantes estarão mais interessados em saber o que se passará no campo adversário.
Hoje à noite, ou madrugada em Portugal, começa, então, o maior espectáculo (é mesmo esta a palavra) político-eleitoral do mundo. Aqui, no Máquina Política, farei a cobertura possível do que de mais importante se passar nos caucuses do Iowa. Passem por cá!
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