Barack Obama realizou ontem aquele que poderá ter sido o seu último discurso do estado da nação perante o Congresso dos Estados Unidos. No ano em que disputará a sua reeleição, o State of the Union de ontem representou o pontapé de saída da sua campanha eleitoral. Não admira, por isso, que o conteúdo da sua comunicação tenha tido contornos marcadamente políticos, delineando aquela que será o tom da sua mensagem durante a corrida pela Casa Branca.
No início, Obama apresentou logo duas das suas maiores vitórias do seu mandato: a morte de Bin Laden e a retirada do Iraque, glorificando os militares dos Estados Unidos, o que lhe valeu, como não podia deixar de ser, largos aplausos de todos os presentes. Todavia, o consenso foi sol de pouca dura, já que os principais temas abordados, como a economia e a política energética, pelo Presidente norte-americano dividem totalmente os dois grandes partidos.
Deixando definitivamente de lado a tónica do bipartidarismo que foi uma das suas grandes bandeiras na campanha de 2008, Obama foi assertivo ao colocar-se como o defensor do povo americano, alegando que os milionários e bilionários têm de pagar mais impostos. Trata-se da conhecida táctica populista de defender os desprotegidos "99%" dos favorecidos "1%", mas, em ano de eleições, esta é uma estratégia que pode muito bem ser bem sucedida (veja-se, por exemplo, o exemplo de Newt Gingrich).
Este ataque é também dirigido a Mitt Romney, ele próprio um milionário, e que não tem sido capaz de afastar a imagem que lhe está associada: a de um fat cat que está desconectado das preocupações do cidadão comum. Desta forma, Barack Obama tenciona não só melhorar a sua imagem junto dos americanos, mas também contribuir ainda mais para os problemas de Romney e, assim, preparar o terreno para enfrentar o mais provável nomeado republicano.
Este foi, então, um State of the Union claramente dominado (e até assombrado) pelas eleições presidenciais de Novembro. Basta ver que até os cidadãos tradicionalmente convidados para se sentarem junto da Primeira Dama eram oriundos dos chamados swing states. Assim se percebe que tudo neste discurso foi pensado ao mais pequeno pormenor, de forma a aumentar as hipóteses de Obama não vir a ser um presidente de um só mandato.
No início, Obama apresentou logo duas das suas maiores vitórias do seu mandato: a morte de Bin Laden e a retirada do Iraque, glorificando os militares dos Estados Unidos, o que lhe valeu, como não podia deixar de ser, largos aplausos de todos os presentes. Todavia, o consenso foi sol de pouca dura, já que os principais temas abordados, como a economia e a política energética, pelo Presidente norte-americano dividem totalmente os dois grandes partidos.
Deixando definitivamente de lado a tónica do bipartidarismo que foi uma das suas grandes bandeiras na campanha de 2008, Obama foi assertivo ao colocar-se como o defensor do povo americano, alegando que os milionários e bilionários têm de pagar mais impostos. Trata-se da conhecida táctica populista de defender os desprotegidos "99%" dos favorecidos "1%", mas, em ano de eleições, esta é uma estratégia que pode muito bem ser bem sucedida (veja-se, por exemplo, o exemplo de Newt Gingrich).
Este ataque é também dirigido a Mitt Romney, ele próprio um milionário, e que não tem sido capaz de afastar a imagem que lhe está associada: a de um fat cat que está desconectado das preocupações do cidadão comum. Desta forma, Barack Obama tenciona não só melhorar a sua imagem junto dos americanos, mas também contribuir ainda mais para os problemas de Romney e, assim, preparar o terreno para enfrentar o mais provável nomeado republicano.
Este foi, então, um State of the Union claramente dominado (e até assombrado) pelas eleições presidenciais de Novembro. Basta ver que até os cidadãos tradicionalmente convidados para se sentarem junto da Primeira Dama eram oriundos dos chamados swing states. Assim se percebe que tudo neste discurso foi pensado ao mais pequeno pormenor, de forma a aumentar as hipóteses de Obama não vir a ser um presidente de um só mandato.
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