Com o campo de candidatos presidenciais republicanos praticamente definido, a maior dúvida que ainda subsiste é se Sarah Palin irá ou não concorrer à Casa Branca. Tendo sido a candidata à vice-presidência nas últimas eleições, seria normal que fosse a frontrunner na disputa pela nomeação. Contudo, com Sarah Palin nada é como o habitual e a sua demissão do cargo de Governadora do Alasca condenou (ou assim se pensava) o futuro da sua carreira política.
2011 não tem sido um bom ano para Palin e os seus números nas sondagens baixaram para valores ainda mais negativos. Esse facto aliado à sua postura mediática parecia indicar que a Mamma Grizzly não entraria na corrida. Todavia, nos últimos tempos, surgiram novos dados que parecem indicar que Sarah poderá estar mesmo a pensar candidatar-se. Primeiro, foi o lançamento do seu novo site, uma ferramenta que lhe permite agregar os contactos dos seus apoiantes. Depois, a confissão de que tinha o desejo de concorrer à presidência e as notícias da compra de uma casa no continente (mais precisamente no Arizona), um requisito fundamental para uma campanha eleitoral, tendo em conta a perifericidade do Alasca. Na semana passada, chegou o mais recente indicador, com o anúncio de uma espécie de tournée pela Costa Leste, onde constará uma visita ao crucial Estado de New Hampshire.
A verdade é que os últimos desenvolvimentos na corrida têm-lhe sido favoráveis, em especial a desistência de Mike Huckabee, que libertou um grande grupo do eleitorado que poderá estar bastante propenso em apoiar Palin. Isso mesmo tem sido reflectido pelas últimas sondagens, que voltaram a colocar Sarah na dianteira, apenas atrás de Mitt Romney. Além disso, sem Huckabee, Palin passa a ser uma das favoritas a vencer no Iowa, o primeiro dos Estados a votar nas primárias.
A seu favor, Palin tem o facto de ser uma figura reconhecida a nível nacional e de possuir uma abnegada legião de seguidores, o que lhe permite esperar para ver e, se for esse o seu desejo, entrar na corrida mais tarde do que seria necessário para um candidato "normal". De qualquer forma, as intenções de Sarah Palin não são ainda claras e o mais provável é que nem mesmo a própria já tenha chegado a uma decisão em relação ao seu futuro político.
«Compra de uma casa no continente»?!
ResponderEliminarÒ João Luís, o Alaska pode ficar na periferia do continente... mas está NO continente (norte-americano). Não é um arquipélago... ao contrário do Hawai, por exemplo.
Octávio, o que eu quis dizer, e acho que se percebe, é que o Alasca não é um dos "48 Estados continentais", expressão frequentemente utilizada.
ResponderEliminarJoão Luís, a tal «expressão frequentemente utilizada» é, sim, «the lower 48», isto é, «os 48 mais abaixo». E mais abaixo em relação a quê? Ao Alaska, precisamente! E apesar de ter o Canadá a separá-lo desses outros 48, a terra de Sarah Palin é, obviamente, um Estado continental... o 49º.
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