Estreou, ontem à noite, na cadeia televisa norte-americana TLC, a grande sensação do momento nos Estados Unidos: o reality show de Sarah Palin, baptizado de Sarah Palin's Alaska. No programa, as câmaras seguem o dia-a-dia da política republicana mais famosa do mundo no seu frio e distante estado natal do Alasca.
Mas quais serão os objectivos de Palin com este programa de televisão? Os analistas dividem-se relativamente à resposta a esta questão. Por um lado, uns afirmam que esta é a prova definitiva de que a running mate de John McCain em 2008 não se candidatará à presidência, dado que participar num programa deste género lhe retira credibilidade política junto do eleitorado e que a faz parecer pouco "presidencial". Mas, por outro lado, há quem defenda que Palin está com esta jogada a tentar mudar a imagem pouco positiva que muitos americanos têm de si, mostrando a sua faceta de mãe e cidadã comum, igual a qualquer um dos seus compatriotas, em oposição aos políticos de Washington, elitistas e out of touch com a realidade do país.
Qualquer uma das respostas pode estar correcta e é bem possível que a própria Sarah Palin ainda não se tenha decidido em relação a uma eventual candidatura à Casa Branca, em 2012. Contudo, este não deixa de ser um passo inteligente da antiga Governadora do Alasca rumo, pelo menos, à nomeação republicana. No fundo, trata-se de um anúncio político de longa duração (supostamente, não se fala de política no programa, mas, como não podia deixar de ser, ela está sempre presente) e, ainda por cima, grátis.
Mas o Sarah Palin's Alaska também serve para por a nu o lado mais demagogo e até ridículo da grande estrela do GOP. Por exemplo, a um dado momento. os Palin queixam-se da intromissão na sua vida pessoal que representou a mudança de um biógrafo não-autorizado de Sarah para a casa ao lado da família. E fazem-no diante de várias câmaras, que os seguem passo a passo, praticamente 24 horas por dia...
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