Apesar de o novo tratado START (STrategic Arms Reduction Treaty) já ter sido assinado pelos presidentes dos Estados Unidos e da Federação Russa em Abril, o Senado norte-americano ainda não votou a sua ratificação, processo necessário para a entrada em vigor deste importante tratado bilateral entre as duas maiores potências nucleares do mundo.
Cansado de esperar, Barack Obama veio hoje pressionar o Senado a votar e aprovar o START, afirmando que este acordo com a Rússia representa um passo fundamental para a segurança nacional americana. A seu lado, para aumentar o impacto e o peso das suas palavras, estavam, entre outros, antigos Secretários de Estado, tanto democratas, como Madeleine Albright, como republicanos, casos de James Baker e Henry Kissinger.
Por detrás deste vigoroso empurrão do presidente norte-americano à votação e ratificação do START está o seu desejo de que isso aconteça antes que o actual elenco do Congresso seja substituído por aquele que foi escolhido pelos eleitores americanos nas últimas midterms. Isto porque, para ser aprovado, o tratado necessita do voto favorável de dois terços dos senadores (67), número que será mais fácil de atingir para os democratas se puderem contar com os seus actuais 59 senadores em vez dos 53 que terão a partir de Janeiro do próximo ano.
Por detrás deste vigoroso empurrão do presidente norte-americano à votação e ratificação do START está o seu desejo de que isso aconteça antes que o actual elenco do Congresso seja substituído por aquele que foi escolhido pelos eleitores americanos nas últimas midterms. Isto porque, para ser aprovado, o tratado necessita do voto favorável de dois terços dos senadores (67), número que será mais fácil de atingir para os democratas se puderem contar com os seus actuais 59 senadores em vez dos 53 que terão a partir de Janeiro do próximo ano.
É verdade que esta insistência dos democratas em agendarem a votação de uma matéria tão importante pode parecer pouco ética, colocando em causa aquela que foi a vontade dos americanos expressa nas últimas eleições. Contudo, os republicanos também não se podem colocar numa posição em que transmitam a imagem de estarem fazer jogos políticos com uma questão de segurança nacional, nem podem "matar" um tratado tão popular como este que reduz os arsenais nucleares dos dois países e até permite aos EUA fazerem a fiscalização do desarmamento russo.
Alguns influentes senadores republicanos, como Jon Kyl, têm expressado dúvidas relativamente às novas provisões constantes no tratado, mas isso não deverá ser suficiente para pôr em perigo a sua ratificação, até porque quase todas os grandes líderes do GOP para questões de política externa, assim como toda a estrutura militar americana, são favoráveis ao tratado de redução nuclear. Desta forma, é muito improvável que o Senado dos Estados Unidos seja o fim do START.
João, é JAMES Baker, e não «John».
ResponderEliminarObrigado, Octávio. Já rectifiquei.
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