Depois de um ano em que a reforma do serviço de saúde americano foi o principal tema debatido na sociedade e na política dos Estados Unidos, agora, pouco tempo depois da sua polémica e conturbada aprovação pelo Congresso americano, o assunto parece estar algo esquecido na agenda do Partido Republicano, que, logo após a promulgação da reforma pelo Presidente Barack Obama, prometeu ir lutar pela revogação da legislação.
Esta realidade talvez seja reflexo de uma ligeira melhoria nos índices de aprovação da reforma da saúde, mas mais importante que isso será o facto de os republicanos terem a perfeita noção que a anulação da histórica reforma do sistema de saúde americano será algo muito difícil de ser conseguido. De facto, para o GOP ser capaz de atingir esse seu objectivo seria necessária que se conjugassem uma série de factores: em primeiro lugar, os republicanos precisam de conseguir a maioria nas duas câmaras do Congresso, o que é possível de suceder na Câmara dos Representantes, mas improvável no Senado. Porém, mesmo que tal cenário se concretize, Obama vetaria certamente qualquer tentativa republicana de revogar o seu maior feito legislativo. Assim, os republicanos, além do Congresso, teriam de conseguir mudar o ocupante da Casa Branca em 2012, e, nas eleições desse ano, manter a dupla maioria no Senado e na Câmara dos Representantes.
Depois, também é possível que, com o passar do tempo e com a entrada em vigor das primeiras medidas desta reforma, os cidadãos americanos vejam com melhores olhos as mudanças no seu sistema de saúde. O mesmo se passou com outras marcantes legislações progressivas, como a segurança social, ou o medicare. Mesmo com as sondagens actuais, é preciso ter em conta que uma parte das pessoas que se dizem contrárias a estas mudanças no serviço de saúde fazem-no não por serem contrárias a uma reforma, mas sim por não a considerarem suficientemente progressiva. Por tudo isto, se afigura muito improvável a anulação pelos republicanos desta legislação que marcou, até agora, o primeiro mandato de Obama. Desta forma, percebe-se que os republicanos não estejam muito interessados em fazer deste tema um dos destaques da sua agenda, pois percebem que estariam a fazer uma promessa que, muito provavelmente, não seriam capazes de cumprir.
Depois, também é possível que, com o passar do tempo e com a entrada em vigor das primeiras medidas desta reforma, os cidadãos americanos vejam com melhores olhos as mudanças no seu sistema de saúde. O mesmo se passou com outras marcantes legislações progressivas, como a segurança social, ou o medicare. Mesmo com as sondagens actuais, é preciso ter em conta que uma parte das pessoas que se dizem contrárias a estas mudanças no serviço de saúde fazem-no não por serem contrárias a uma reforma, mas sim por não a considerarem suficientemente progressiva. Por tudo isto, se afigura muito improvável a anulação pelos republicanos desta legislação que marcou, até agora, o primeiro mandato de Obama. Desta forma, percebe-se que os republicanos não estejam muito interessados em fazer deste tema um dos destaques da sua agenda, pois percebem que estariam a fazer uma promessa que, muito provavelmente, não seriam capazes de cumprir.
Passou-se o mesmo com o Medicare. Depois de se oporem ferozmente quando da sua passagem, hoje são os seus maiores defensores.
ResponderEliminar