segunda-feira, 7 de junho de 2010

A reforma forçada de Helen Thomas

A questão israelita está na ordem do dia em todo o mundo e nos Estados Unidos já há, inclusive, uma baixa decorrente de todo o aparato que o tema tem merecido, na sequência do ataque de Israel ao navio turco que se dirigia para Gaza. Depois de ter prestado declarações polémicas sobre Israel, a jornalista Helen Thomas demitiu-se da Hearst Newspapers e passou à reforma.
Helen Thomas, a poucos meses de celebrar o seu 90º aniversário, é uma das grandes figuras do jornalismo americano e era há 50 anos correspondente na Casa Branca, cobrindo todos os presidentes americanos desde John Kennedy. A mais veterana de todos os correspondentes da Casa Branca, era conhecida como uma repórter "dura" para os presidentes e os press secretaries, mas gozava de um grande respeito entre os seus colegas e entre o staff presidencial.

Contudo, a sua prestigiada e longa carreira terminou abruptamente, após ter prestado declarações que caíram muito mal no meio político americano. A 27 de Maio, à saída de um evento judaico da Casa Branca, Helen Thomas, quando questionada sobre Israel, respondeu, como se pode ver e ouvir aqui, que os israelitas deviam sair da Palestina e regressar às suas casas, na Polónia e na Alemanha. Estes comentários, apesar de rapidamente retractados pela própria, foram duramente criticados por todos os quadrantes, inclusive pela Casa Branca, e levaram à demissão da histórica jornalista que, assim, passa à reforma e termina da pior maneira a sua notável carreira jornalística, durante a qual conheceu e escreveu sobre os últimos dez presidentes dos Estados Unidos.

2 comentários:

  1. Pois bem, ela disse simplesmente a verdade, e com muita sabedoria. Afinal a saída dos judeus dos territorios ocupados é uma resolução da ONU.

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  2. A coragem e a lucidez da senhora não é, obviamente, bem aceite pela classe dominante. Long life Helen Thomas!

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