Deve estar por dias o anúncio do candidato vice-presidencial de Mitt Romney. Como é norma nestas alturas, têm-se sucedido os rumores sobre vários nomes que podem concorrer no ticket republicano.
Ontem, no normalmente bem informado Drudge Report, foi notícia, baseado num suposto desabafo de Barack Obama a um angariador de fundos, de que podia ser o General David Petraeus o nomeado vice-presidencial do GOP. Todavia, parece-me que não será o herói do surge do Iraque a concorrer juntamente com Romney, apesar dessa ser uma ideia que assusta, e muito, a Casa Branca. Petraeus é um soldado e, como tal, deveria sentir alguns constrangimentos éticos ao ter de enfrentar e mesmo de criticar durante aquele que tem sido, nos últimos quatro anos, o seu Commander-in-Chief. Além disso, o General Petraeus, recentemente nomeado Director da CIA por Obama, teria dificuldades em explicar como aceitou um cargo tão conceituado e de tão alta responsabilidade numa Administração em que não acredita. Por isso, parece-me que o surgimento do nome de David Petraeus nas coagitações para a vice-presidência é mais um acto de desinformação do que um rumor fundado.
Já hoje, tem-se falado com maior insistência no nome de Paul Ryan, congressista pelo Winsconsin, para possível running mate de Mitt Romney. Ryan é uma estrela em ascensão do Partido Republicano e a principal figura do GOP a nível de política fiscal. A sua escolha seria, sem dúvida, uma boa forma de Romney dar maior substância à sua candidatura, muitas vezes acusada de apresentar poucas ideias concretas para os Estados Unidos. Contudo, com Ryan no ticket presidencial, a campanha republicana tornar-se-ia rapidamente numa espécie de referendo ao Medicare, o popular programa de assistência de saúde aos idosos, e que Paul Ryan pretende reformar profundamente.
Petraeus e Ryan seriam escolhas arrojadas, sem dúvida. Porém, até ao momento, Romney tem apostado numa campanha by the book e sem correr grandes riscos. Assim, políticos como Rob Portman ou Tim Pawlenty têm uma maior probabilidade de serem os escolhidos. Até porque se costuma dizer que o principal critério para a escolha de um candidato vice-presidência é: first, do no harm.
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