Barack Obama e Mitt Romney são dois candidatos totalmente diferentes que contam também com pontos fortes e fraquezas totalmente opostos. Enquanto o actual Presidente é visto favoravelmente enquanto ser humano e homem de família pelos norte-americanos, já o seu trabalho na Casa Branca, em especial no domínio da economia não merece a aprovação da maioria dos eleitores dos Estados Unidos. Por seu lado, Mitt Romney, é visto com uma certa desconfiança pela maioria dos americanos que não nutrem especial simpatia pessoal pelo antigo Governador do Massachusetts. Todavia, porventura devido ao seu passado de executivo de sucesso, confiam na sua competência para melhorar a situação económica do país.
Como prova desta dicotomia Obama/Romney, saiu ontem uma sondagem USA Today/Gallup que apresenta resultados interessantes. Como se pode ver no quadro de baixo, Obama fica bastante à
frente de Romney em termos de características pessoais, com excepção da capacidade de gerir o governo, onde os
dois candidatos obtêm resultados semelhantes.
Contudo, quando se pergunta aos eleitores qual o político que consideram mais capaz para lidar com um determinado tópico da agenda política, obtemos também resultados interessantes. O Presidente consegue vantagem em quase todas as áreas, incluindo relações externas, energia, saúde e até, de forma algo surpreendente, nos impostos. Todavia, os eleitores consideram, por larga margem, que Romney é o melhor preparado para lidar com a economia e com o défice federal.
No fim de contas, é verdade que Obama fica à frente de Romney em quase todos os critérios, sejam eles pessoais ou políticos. Contudo, a vantagem do nomeado republicano na economia, que é, de longe, a principal preocupação dos eleitores norte-americanos, pode fazer toda a diferença e ser suficiente para destronar Barack Obama da Casa Branca. Seja como for, tem um facto bastante curioso: nunca um Presidente com o país em tão má situação económica teve tantas possibilidades de ser reeleito e, ao mesmo tempo, nunca um candidato presidencial com tão baixos índices de popularidade esteve tão perto de ser eleito Presidente.
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