A emergência de Newt Gingrich como frontrunner da campanha pela nomeação presidencial republicana parece ser um fenómeno mais duradouro e consistente do que outros movimentos semelhantes, como foram os casos de Michelle Bachmann, Rick Perry e Herman Cain. Pelo menos essa é a ilação das mais recentes sondagens, que continuam a colocar o antigo Speaker da Câmara dos Representantes na frente da corrida, tanto a nível nacional como nos tradicionalmente decisivos early states.
Uma sondagem YouGov/TheEconomist, realizada entre 26 e 29 de Novembro, encontrou Gingrich 25% das intenções de voto e com uma vantagem clara sobre Romney, que se fica pelos 17%. Logo atrás surge Cain, com 15%, e, nos single digits estão Ron Paul (9%), Michelle Bachmann, (5%), John Huntsman (5%), Rick Perry (5%), e Rick Santorum (3%). Além disso, este estudo fornece ainda um importante indicador: quando Herman Cain (que está alegadamente a ponderar retirar-se da corrida, na sequência das várias acusações de cariz sexual que lhe têm sido feitas) é retirado das opções de candidatos, a vantagem de Gingrich para Romney aumenta para 13 pontos percentuais - 32% contra 19%. Estes números parecem indicar que, caso Cain abandone a disputa pela nomeação ou caso o seu apoio se dilua completamente, Newt poderá ser o grande beneficiado, recebendo a maior parte dos ex-apoiantes de Cain.
Outra sondagem, esta exclusivamente na Florida e da responsabilidade Public Policy Polling, mostra que Newt Gingrich conseguiu uma enorme vantagem no sunshine state, contando com 47% das intenções voto, bem à frente de Romney (17%), Cain (15%), Paul (5%), Bachmann (4%), Huntsman (3%), Perry (2%) e Santorum (1%). Ora, a Florida pode desempenhar um papel decisivo nestas primárias, já que é o quarto Estado a ir a votos no calendário das primárias presidenciais e, entre eles, é, de longe, o que atribui mais delegados ao seu vencedor. Assim sendo, se Gingrich vencer na Florida é provável que também tenha triunfado no Iowa e na Carolina do Sul e, nesse caso, estaria com o caminho aberto rumo à nomeação pelo GOP.
Estes números, e quando estamos a apenas um mês dos caucuses do Iowa, devem fazer soar os alarmes na sede de campanha de Mitt Romney, já que Gingrich é a maior ameaça que o antigo Governador do Massachusetts já enfrentou até ao momento na actual campanha eleitoral. Por isso, não admira que Romney já esteja a lançar anúncios televisivos no Iowa, um Estado onde não pretendia competir abertamente, mas que, face às necessidades, tem agora de ser uma forte aposta da sua campanha. Até porque o seguro morreu de velho e Romney, com Gingrich a ganhar momentum, não pode facilitar nem um bocadinho.
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