Depois de várias semanas em que Newt Gingrich liderou nas sondagens, novos números relativos ao Iowa, o primeiro Estado a ir a votos (já de amanhã a duas semanas), dão a entender que a campanha do antigo Speaker pode estar em queda, como aconteceu, antes dele, com Michelle Bachmann, Rick Perry e Herman Cain.
Segundo uma sondagem da Public Policy Polling, Newt, com apenas 14% dos votos, foi já ultrapassado por Mitt Romney (20%) e por Ron Paul (23%) no hawkeye state. Aliás, o congressista do Texas e herói da ala libertária do Partido Republicano é o grande beneficiado desta nova dinâmica da corrida, surgindo mesmo em boa posição para vencer no Iowa. Nesse caso, o grande beneficiado seria, sem dúvida, Mitt Romney, que evitaria a vitória de um adversário perigoso (Ron Paul não será nunca o nomeado republicano) no Iowa e, com a sua previsível vitória no New Hampshire, ganharia momentum para enfrentar as primárias seguintes na Carolina do Sul e na Florida.
Esta abrupta queda de Gingrich parece indicar que a campanha do georgiano está a sofrer os efeitos de várias rondas de ataques em anúncios televisivos por parte dos seus adversários, principalmente de Ron Paul. No guerra dos tv ads, Gingrich tem sido largamente derrotado pelos seus oponentes, fruto da sua menor capacidade financeira, mas também devido ao facto de a sua campanha ser menos profissional e organizada do que as de Romney e Paul. Além disso, Newt Gingrich demorou muito tempo a focar a sua atenção nos primeiros Estados e isso pode ser-lhe prejudicial no Iowa e no New Hampshire, onde os eleitores são conhecidos pornão votarem em alguém que não conheceram pessoalmente.
Nos próximos dias,haverá a quadra festiva, assim como vários eventos desportivos locais de relevo no Iowa, o que desviará as atenções da campanha eleitoral. Por isso, torna-se mais difícil para Gingrich recuperar deste momento menos positivo da sua campanha. Assim sendo, Mitt Romney volta a ser o grande favorito a obter a nomeação presidencial do GOP. Contudo, em política, duas semanas são uma eternidade e, como esta corrida eleitoral tem demonstrado tão claramente, tudo pode acontecer.
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