Nos últimos tempos, os índices de aprovação do trabalho do Presidente não têm parado de descer, o que não podem ser boas notícias para o actual ocupante da Sala Oval. Como se vê no gráfico de cima, a média do Real Clear Politics (RCP) coloca já a taxa de eleitores que estão descontentes com o trabalho do Presidente acima da fasquia dos 50%, número que, a manterem-se, podem significar que será um republicano a ocupar a Casa Branca a partir de 20 de Janeiro de 2013.
Quando vemos as sondagens que colocam Obama frente a um opositor republicano genérico, sem ser nomeado qualquer candidato específico, as notícias continua a ser negativas para o Presidente, já que, segundo a média do RCP, mais norte-americanos escolheriam votar no candidato republicano do que em Obama - ainda que a diferença seja apenas de meio ponto percentual (44% contra 43,5%).
Todavia, quando é dado um nome e uma cara ao adversário de Obama nas eleições do próximo ano, as coisas mudam de figura e todos os candidatos republicanos ficam atrás atrás do actual Presidente. Mitt Romney é quem consegue os melhores resultados, surgindo (sempre de acordo com as médias do RCP) a apenas 1.9% de Barack Obama. Ron Paul é, depois de antigo Governador do Massachusetts quem mais perto fica de Obama, a apenas 3.3 pontos percentuais. Por sua vez, Rick Perry, fica a uns algo distantes 6.7%, o que talvez signifique que poderá não ser o candidato republicano mais elegível num possível confronto com Obama na eleição geral. Todos os outros concorrentes do GOP ficam muito distantes de Barack Obama, a mais de 10 pontos.
Assim, e apesar de haver quem diga que o antigo Senador do Illinois é já o underdog da corrida (por exemplo, a Intrade já coloca as suas hipóteses de reeleição abaixo dos 50%), Barack Obama ainda é um forte candidato à reeleição. Contudo, isso deve-se, em grande medida, ao facto de os norte-americanos, que estão cada vez menos satisfeitos com o seu Presidente, também não morrerem de amores pelos candidatos republicanos. Assim, e por irónico que pareça, Barack Obama tem muito que agradecer aos seus adversários, pois podem ser eles (e as suas fragilidades) a garantirem-lhe um segundo mandato na Casa Branca.
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