Continuam as más notícias para os democratas. Ontem foi dia de eleições especiais para o Congresso dos Estados Unidos em dois distritos, um em Nova Iorque, outro no Nevada. E ambos caíram para o lado dos republicanos.
No Nevada, já se esperava que os republicanos fossem capazes de manter o assento na Câmara dos Representantes que ocupavam, mas a margem da vitória (58% contra 36%) não deixa de ser contundente, em especial tratando-se de um swing state para as eleições presidenciais do próximo ano. Assim, este resultado deve preocupar os democratas e, em especial, Barack Obama.
Por sua vez, o desfecho da eleição em Nova Iorque, num distrito que agrega as zonas de Queens e de Brooklyn, terreno onde os democratas têm uma vantagem de três para um em eleitores registados, envia um sinal alarmante para o Partido Democrata, que parece estar em perda mesmo entre as suas bases. Esta derrota é, pelo menos em parte, explicada pelo escândalo que envolveu o anterior detentor do cargo, o democrata Anthony Weiner, que se demitiu depois de um escândalo sexual, mas também pela impopularidade de Obama entre a comunidade judaica nos Estados Unidos e que compunha grande parte do eleitorado neste distrito.
Apesar de se tratarem de apenas duas eleições especiais para a Câmara dos Representantes, com pouca ou nenhuma expressão política em termos efectivos, a verdade é que estes dois resultados comprovam a fragilidade dos democratas e do Presidente, mesmo numa altura em que os republicanos do Congresso são ainda mais impopulares. Assim, e para desfortúnio do Partido Democrata, parece que o actual clima político dos Estados Unidos se assemelha mais ao dos anos das vitórias republicanas, de 2009 e 2010, do que a 2006 e 2008, quando os democratas varreram o mapa.
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