Depois dos caucuses do Iowa, será a vez do New Hampshire dizer de sua justiça relativamente aos candidatos presidenciais para as eleições de 2012. As primárias do granite state deverão ter lugar em meados de Fevereiro do próximo ano e aqui, ao contrário do Iowa, a votação decorrerá segundo o tradicional modelo de voto secreto em urna.
As primárias de New Hampshire costumam ser um momento decisivo no processo das nomeações presidenciais - mais até do que os caucuses do Iowa. Em 2008, foi neste Estado que John McCain deu o passo decisivo rumo à nomeação republicana, enquanto que do lado democrata a vitória de Hillary Clinton impediu Obama de selar a nomeação após a sua surpreendente vitória no Iowa.
Em 2012, porém, prevê-se que o New Hampshire não se revista de uma importância tão decisiva como no último ciclo eleitoral, visto que existe um político que é globalmente apontado como o grande favorito à vitória. Apesar de ter perdido as primárias de 2008 para McCain, Mitt Romney parece, pelo menos para já, lançado para a vitória no granite state já que, além da proximidade entre o seu Massachusetts e o New Hampshire, Romney está presente no terreno desde 2007, tendo, inclusivamente, estabelecido residência neste Estado de New England.
Se o antigo Governador do Massachusetts deve estar optimista para as primárias do New Hampshire, isso já não acontece com os candidatos da ala mais conservadora do GOP e por uma variedade de razões. Em primeiro lugar, pela própria constituição do eleitorado republicano no granite state, conhecido pela sua tendência moderada e independente. Depois, porque no New Hampshire a facção libertária tem uma substancial relevância, o que permitirá a um candidato como Ron Paul obter um bom resultado (em 2008, Paul conseguiu 8% dos votos), mas prejudicará concorrentes com ideias mais conservadoras (principalmente em questões sociais). Finalmente, devido ao facto de as primárias neste Estado serem abertas, o que permite que eleitores registados como independentes e mesmo como democratas votem nas primárias do GOP, o que será sempre um factor para os candidatos mais moderados em detrimento dos representantes da ala mais radical do Partido Republicano.
Assim, a previsão que é possível fazer neste momento, quando estamos a um ano do início da época de primárias, é que o desfecho previsível (uma vitória de Romney) das primárias do New Hampshire ditará um de dois cenários: caso Mitt vença no Iowa, um triunfo no NH selará praticamente a sua nomeação presidencial; se não ganhar no Iowa (o mais provável), então disputará uma corrida a dois com o candidato conservador mais bem colocado depois dos dois primeiros momentos eleitorais, começando pelos dois early states que se seguem ao New Hampshire: o Nevada e a Carolina do Sul.
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