Em declarações realizadas hoje, Barack Obama foi bastante claro na sua mensagem a Muammar Kaddafi, exigindo que o (ainda) líder líbio ordene às suas forças armadas que cessem os combates com os rebeldes. Contudo, o Presidente norte-americano pôs de parte a possibilidade de enviar forças terrestres para a Líbia e sublinhou que a liderança de eventuais iniciativas internacionais, na sequência da resolução da ONU que permitiu o uso da força contra Kaddafi par proteger os civis líbios, caberá à França, ao Reino Unido e aos países árabes.
Este é um tema sensível para Obama, que não quer ser visto como fraco e/ou irrelevante em questões internacionais, mas sempre se manifestou contrário à Doutrina Bush, que pressupunha a defesa dos ideais democráticos e de liberdade pelos Estados Unidos em qualquer parte do globo. Além disso, a questão líbia tem dividido a sua própria administração. Enquanto uns, como Joe Biden, defendem a intervenção activa na Líbia, já outros, como o Secretário da Defesa Robert Gates, não querem ver as forças americanas envolvidas em mais um conflito distante.
Assim sendo, para resolver este problema, Obama terá de fazer um complicado jogo de equilíbrio. Pelo teor da declaração de hoje, parece estar a ir no bom caminho: foi duro com Kaddafi, que, entretanto, já anunciou um cessar fogo, mas deu a entender a América não se irá envolver demasiado, passando a bola a outros actores. Veremos se esta táctica resultará...
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