Em cada ano de eleições intercalares é norma associar-se os resultados desse importante momento eleitoral à prestação do presidente em exercício na Casa Branca. 2010 não é excepção e, apesar do nome de Barack Obama não constar dos boletins de voto nas eleições que se aproximam, a verdade é que os resultados de 2 de Novembro, irão, pelo menos em parte, ser lidos como se um referendo à presidência de Obama se tratasse. Assim, os previsíveis maus resultados para os democratas nas midterms representarão sempre uma pesada derrota para o líder do Partido Democrata. Contudo, esse revés eleitoral, poderá não ser uma má notícia para Barack Obama.
Actualmente, os democratas controlam a Casa Branca e têm largas maiorias nas duas câmaras do Congresso. Mas, após as eleições intercalares, o partido de Obama poderá perder o controlo da Câmara dos Representantes e irá, certamente, ver a sua maioria no Senado reduzir-se substancialmente (a recuperação da câmara alta por parte do GOP é improvável), o que impedirá os democratas de anular qualquer fillibuster republicano. Desta forma, Obama e os democratas terão de procurar acordos e entendimentos com a oposição republicana, de forma a conseguir apoios e votos suficientes para fazer passar as suas propostas no Congresso. Se o conseguirem - e é obrigatório que o façam - isso envolverá o Partido Republicano no processo político e legislativo, reduzindo, pelo menos em parte, o ónus da governação dos democratas, que não serão, então, os únicos a terem de assumir as responsabilidades pelo estado da nação e, principalmente, da economia diante dos cidadãos americanos.
Num cenário deste género, Barack Obama poderia assumir uma postura mais presidencial, deixando de lado a figura de líder do partido que controla totalmente a administração federal, para passar a representar o papel de figura unificadora e conciliadora de Presidente dos Estados Unidos da América, indispensável para conseguir acordos entre os dois partidos no Congresso. Estaria assim lançada a sua recandidatura e facilitada a sua campanha presidencial de 2012.
Mas, mesmo aceitando que as suas hipóteses de reeleição saíssem reforçadas com uma derrota democrata nas eleições para o Congresso que se aproximam (no caso dos governadores a história é outra), Obama não deixará de ser fiel e leal ao seu partido, ajudando, naquilo que estiver ao seu alcance, os candidatos democratas no trilho da campanha. Dessa forma, estará também a ajudar-se a si próprio, pois dentro em breve será ele próprio a precisar do apoio da estrutura partidária e dos democratas na sua batalha por um segundo mandato.
Num cenário deste género, Barack Obama poderia assumir uma postura mais presidencial, deixando de lado a figura de líder do partido que controla totalmente a administração federal, para passar a representar o papel de figura unificadora e conciliadora de Presidente dos Estados Unidos da América, indispensável para conseguir acordos entre os dois partidos no Congresso. Estaria assim lançada a sua recandidatura e facilitada a sua campanha presidencial de 2012.
Mas, mesmo aceitando que as suas hipóteses de reeleição saíssem reforçadas com uma derrota democrata nas eleições para o Congresso que se aproximam (no caso dos governadores a história é outra), Obama não deixará de ser fiel e leal ao seu partido, ajudando, naquilo que estiver ao seu alcance, os candidatos democratas no trilho da campanha. Dessa forma, estará também a ajudar-se a si próprio, pois dentro em breve será ele próprio a precisar do apoio da estrutura partidária e dos democratas na sua batalha por um segundo mandato.
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