Após um primeiro mandato em que foi notícia o alegado distanciamento entre o Presidente norte-americano e o Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, Barack Obama procura agora melhorar a relação com um dos principais aliados dos Estados Unidos da América. Assim, escolheu Israel como o destino da sua primeira viagem de Estado no seu segundo mandato na Casa Branca.
Além do Estado judaico, Obama também visitará o West Bank e reunirá com o Primeiro-ministro palestino. Como não podia deixar de ser, o processo de paz entre Israel e a Palestina estará em destaque, ainda que este tema não seja agora merecedor de tanta atenção e importância por parte da diplomacia norte-americana. Actualmente, os Estados Unidos parecem mais preocupados com a situação no Irão, na Síria e um pouco por todo o Médio Oriente, desde que a Primavera Árabe veio transformar radicalmente o panorama político e estratégico da região.
Assim, não se deve esperar grandes feitos diplomáticos desta viagem do Presidente norte-americano. É altamente improvável que Obama venha a fazer da resolução do conflito israelo-palestiniano um dos principais objectivos do seu segundo mandato. É certo que esse seria um fantástico legado para a sua presidência, mas, como Bill Clinton tão arduamente aprendeu no final da sua estadia na Casa Branca, nem mesmo toda o peso do selo presidencial dos Estados Unidos é suficiente para fazer com que israelitas e palestinianos se entendam. Por isso, a visita de Obama ao Médio Oriente mais não deve ser encarada do que como o cumprimento dos serviços mínimos pelo Presidente norte-americano para silenciar as críticas internas que o acusam de não ser suficientemente pró-Israel.
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