Chegou mais um dia de eleições primárias presidenciais nos Estados Unidos da América. Desta vez, são os Estados do Michigan e do Arizona a votarem para eleger o candidato republicano à Presidência. E se para a votação no Arizona não há grandes expectativas - espera-se que Mitt Romney obtenha uma vitória confortável -, a história no Michigan é outra, já que é muito difícil antever o vencedor desta primária. Aliás, esta primária parece ser a mais competitiva de todas as que já se desenrolaram até ao momento.
À imagem da própria disputa pela nomeação presidencial republicana, a corrida no Michigan tem sido marcada por constantes alterações na sua dinâmica, com as sondagens a mostrarem, num curto período de tempo, mudanças na liderança e nas votações de Romney e Santorum, os dois candidatos à vitória neste Estado do Midwest norte-americano. Primeiro, Mitt Romney, que nasceu no Michigan, era visto como o grande favorito à vitória. Contudo, depois da tripla vitória de Santorum no Colorado, Missouri e Minnesota, o antigo Senador da Pensilvânia tomou a liderança nas sondagens do Michigan, tendo-se distanciado rapidamente de Romney. Só que depois de uma barragem de ataques negativos contra Santorum e uma boa prestação no debate da semana passada, Romney voltou a encurtar a distância, chegando mesmo a ultrapassar o seu adversário. Parecia, assim, que Mitt se encaminhava para uma vitória na primária de logo à noite. Acontece, porém, que num ressurgimento tardio de Santorum, este voltou a colar-se a Romney, surgindo, em duas sondagens divulgadas durante o dia de ontem, novamente na liderança da corrida.
O equilíbrio é, portanto, a nota dominante na primária do Michigan, que decidirá se será Romney ou Santorum a cantar vitória no rescaldo da noite de hoje. Contudo, há outro factor a ter em conta nesta primária. Como Nate Silver aponta neste texto, o complexo sistema de distribuição de delegados da primária do Michigan pode levar a que o candidato mais votado não seja aquele que arrecada mais delegados. Assim sendo, há sempre a possibilidade de os dois concorrentes declararem vitória no Estado dos Grandes Lagos: um enquanto o candidato mais votado e o outro enquanto o que amealhou mais delegados.
Como vimos, a indecisão e a incerteza marcam a antevisão da noite eleitoral que se aproxima. Todavia, os resultados de logo deverão ter uma grande influência na presente corrida pela nomeação, até porque a Super-Tuesday é já de hoje a oito dias. Chegamos, por isso, aos momentos decisivos desta campanha pela nomeação presidencial pelo Partido Republicano.
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