O caso mais caricato desde ciclo eleitoral está-se a desenrolar na corrida por um lugar no Senado pelo Estado da Carolina do Sul. Aqui, o interesse reside não na disputa pela vitória, pois o senador incumbente, o republicano Jim DeMint, é o mais que provável vencedor, mas sim no seu opositor, Alvin Greene, que, surpreendentemente conseguiu a nomeação pelo Partido Democrata.
Greene, um total desconhecido de 32 anos, é um ex-militar no desemprego e com cadastro criminal. A visibilidade da sua candidatura à nomeação democrata era praticamente inexistente, não tendo sequer um site oficial. Contudo, devido à elevada abstenção no acto eleitoral, ao grande desinteresse pela corrida e ao facto de o seu nome ser o primeiro na boletim de voto, o improvável candidato venceu mesmo as primárias do seu partido com 59% dos votos.
Imediatamente a seguir à sua vitória surgiram acusações de que Greene fazia parte de uma estratégia republicana que visava a ridicularização do Partido Democrata e uma fácil reeleição para DeMint. Segundo essas teorias, o GOP teria pago o montante de apresentação de candidatura de Greene (cerca de 10 mil dólares) e incitado os seus eleitores a votarem nas primárias democratas a seu favor, aproveitando-se do facto de as primárias no Estado serem abertas.
Apesar de não parecer provável que os republicanos estejam directamente envolvidos na candidatura de Alvin Greene, a verdade é que este é já uma dor de cabeça para o Partido Democrata, devido à fama que já alcançou no Estados Unidos esta insólita corrida ao Senado. Para piorar a situação, Greene tem proferido algumas declarações perfeitamente surreais, como quando sugeriu que, para melhorar a situação económica do país, uma solução seria o de vender cartazes da sua cara. Para ilustrar toda esta curiosa confusão na Carolina do Sul, aqui fica o vídeo de uma das famosas entrevistas de Alvin Greene à Comunicação Social.
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