Com o início das primárias cada vez mais perto, as várias sondagens que vão saindo relativamente aos primeiros Estados a irem a votos - Iowa, New Hampshire, Carolina do Sul - ganham uma relevância cada vez maior. Por isso, importa ir prestando atenção aos números desses estudos de opinião, para termos uma melhor noção do estado da corrida nesses locais decisivos.
Em primeiro lugar virá o Iowa, um Estado onde o eleitorado dos caucuses é tradicionalmente conservador, principalmente em questões sociais. Não admira, portanto, que Mitt Romney, que chegou a ser pro-choice, seja visto com alguma desconfiança e, apesar de agora estar a lutar pelos primeiros lugares, é duvidoso que seja o vencedor da contenda no Hawkeye state. Assim, é provável que a vitória sorria ao principal candidato da linha mais conservadora, estatuto actualmente pertencente a Newt Gingrich. E, de facto, a mais recente sondagem da Rasmussen indica nesse sentido, colocando o antigo Speaker com 32% das intenções de voto, à frente de Romney (19%) e de Herman Cain (13%).
Depois do Iowa, as atenções viram-se para New Hampshire, onde têm lugar as primeiras primárias (sistema de voto em urna) e Estado onde o eleitorado republicano não é tão conservador. Mas esta parece a corrida mais previsível e até com um vencedor anunciado. Mitt Romney, que até montou residência no Estado, parece imbatível no granite state, com uma sondagem da Suffolk University a atribuir-lhe 41% das intenções de voto. Bem atrás, com 14%, surgem Gingrich e Ron Paul.
A confirmarem-se estas previsões, Gingrich (ou outro conservador) e Romney chegariam à primária seguinte, na Carolina do Sul, com uma vitória para cada lado. Dessa forma, a corrida nesse Estado sulista desempenharia um importante papel, em especial para o candidato mais conservador, que necessitaria de uma vitória robusta para fazer crer à ala mais à Direita do GOP que é possível bater Romney. E, nesse sentido, surgiram hoje boas notícias para Gingrich, já que uma sondagem da Polling Company coloca-o no primeiro lugar na Carolina do Sul, com 31% dos votos, ficando Herman Cain no segundo posto (17%) e Romney a fechar o pódio (16%).
A confirmarem-se estes números (e se o bom momento de Gingrich estiver para ficar), podemos ter uma corrida mais animada e equilibrada do que se chegou a pensar, quando Romney ameaçou descolar para uma vitória rápida e sem grandes discussões. E isso seria bom para o espectáculo e para todos aqueles que, como eu, gostam de assistir a uma campanha equilibrada e disputada até ao fim.
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