Gabrielle Giffords, a congressista democrata que foi atingida com uma bala na cabeça, quando um louco atacou um seu evento público, matando seis pessoas e ferindo várias outras, está a ter uma positiva mas demorada recuperação, conseguindo já colocar-se de pé e mesmo pronunciar algumas (curtas) frases. Mas enquanto a Representante do Arizona continua a sua reabilitação física e psicológica depois do trágico incidente, muitos pensam já no seu futuro político.
Antes do ataque, Gabrielle Giffords estaria, segundo o seu staff, a avaliar uma possível candidatura ao Senado em 2012, disputando o lugar que é actualmente do republicano Jon Kyl. Ora, Kyl anunciou a semana passada que não irá tentar a reeleição, o que despoletou imediatamente um grande interesse relativamente à disputa do seu assento na câmara alta do Congresso nas próximas eleições. Com os democratas a sofrerem de um problema de falta de soluções no Arizona, Giffords é a grande esperança do seu partido para roubar esse lugar aos republicanos.
De facto, a jovem congressista (tem 40 anos de idade) daria uma formidável concorrente em 2012. Além do estatuto de heroína que arrecadou depois do atentado de que foi vítima, Giffords é uma democrata centrista, que representa um distrito que é uma boa imagem do Arizona no geral e que pode apelar a um vasto grupo do eleitorado. Ainda por cima, é casada com um astronauta e antigo militar (o seu marido pilotou caças na Guerra do Golfo), o que pode apelar aos militares veteranos - um conjunto de eleitores tradicionalmente fiel ao Partido Republicano.
Contudo, não se sabe se Gaby, como é conhecida no Congresso, estará em condições físicas e mentais de aguentar uma dura campanha, sob o calor tórrido do Arizona, que terá de começar daqui a poucos meses. Talvez fosse mais seguro para Giffords aguardar por 2014, onde se poderia candidatar a Governadora, ou por 2016, quando John McCain se deverá reformar, mas na política o timing é determinante e talvez não haja outra oportunidade como esta para a congressista. Será, sem dúvida, uma decisão difícil e que provavelmente não chegará em breve. Mas, dadas as circunstâncias, o Partido Democrata e os cidadãos do Arizona saberão esperar por Gabrielle Giffords. Afinal, ela já mereceu esse privilégio.
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