Com a pré-campanha eleitoral relativa à luta pela nomeação presidencial republicana já em pleno andamento, o grande destaque, pelo menos nos últimos tempos, tem de ser atribuído a uma concorrente improvável: Michelle Bachmann. De facto, a congressista do Minnesota tem dominado as atenções, em particular desde a sua boa prestação no debate televisivo do New Hampshire. Depois disso, tem conseguido manter aceso o seu momentum, com as sondagens a colocarem-na já no topo das intenções de voto para o caucus do Iowa, o primeiro momento das primárias presidenciais republicanas.
Em oposição à subida de Bachmann, candidatos como Tim Pawlenty ou Newt Gingrich, que lutam pelo mesmo eleitorado, estão em sérios problemas. Gingrich já praticamente ditou o seu (novo) suicídio político, mas de T-Paw esperava-se que fosse um dos principais candidatos à nomeação do GOP. Contudo, a fraca prestação no debate e a ascensão da sua conterrânea do Minnesota têm prejudicado a sua angariação de fundos, ao mesmo tempo que teima em não descolar dos single digits nos estudos de opinião.
Por outro lado, Mitt Romney, o grande favorito à vitória final, tem motivos para estar satisfeito com a perspectiva de uma luta a dois com Bachmann, já que isso significaria que a estrutura, os principais nomes e maiores doadores do Partido republicano não teriam outra solução, face a uma escolha entre Romney e Bachmann, a não ser colocarem-se por detrás do antigo Governador do Massachusetts. Todavia, também John Huntsman poderia sair beneficiado deste cenário, visto que, com Pawlenty ofuscado por Michelle Bachmann, passaria a ser o principal adversário de Romney no New Hampshire, podendo disputar mais folgadamente o voto do eleitores republicanos moderados.
Entre as bases republicanas e os movimentos Tea Party, Michelle Bachmann é já um fenómeno de popularidade e tem consegui ofuscar a outra super estrela da Direita americana, Sarah Palin. Aliás, Bachmann parece mesmo, de uma certa forma, um upgrade da antiga candidata à vice-presidência, que, por sua vez, está cada vez mais longe de uma candidatura à Casa Branca.
A aposta de Bachmann numa campanha como insurgente, distanciando-se do establishment republicano (se é que isso ainda existe) deu azo a comparações com as campanhas do democrata Howard Dean, em 2000 e do republicano Mike Huckabee, em 2008. Contudo, como aconteceu anteriormente com Dean e Huckabee, Michelle Bachmann está ideologicamente muito distante do centro político norte-americano e, por isso, poderá entusiasmar as bases do seu partido, mas não será a nomeada republicana.
Entre as bases republicanas e os movimentos Tea Party, Michelle Bachmann é já um fenómeno de popularidade e tem consegui ofuscar a outra super estrela da Direita americana, Sarah Palin. Aliás, Bachmann parece mesmo, de uma certa forma, um upgrade da antiga candidata à vice-presidência, que, por sua vez, está cada vez mais longe de uma candidatura à Casa Branca.
A aposta de Bachmann numa campanha como insurgente, distanciando-se do establishment republicano (se é que isso ainda existe) deu azo a comparações com as campanhas do democrata Howard Dean, em 2000 e do republicano Mike Huckabee, em 2008. Contudo, como aconteceu anteriormente com Dean e Huckabee, Michelle Bachmann está ideologicamente muito distante do centro político norte-americano e, por isso, poderá entusiasmar as bases do seu partido, mas não será a nomeada republicana.
Sem comentários:
Enviar um comentário