Barack Obama anunciou formalmente que nomeará o Senador John Kerry para suceder a Hillary Clinton como Secretário de Estado norte-americano. Esta era a escolha anunciada, depois de Susan Rice, alegadamente a primeira escolha de Obama, ter saído da corrida para a liderança da diplomacia dos Estados Unidos, devido à polémica levantada pelo Partido Republicano relativamente à forma como Rice lidou com os acontecimentos em Benghazi.
Kerry, Senador pelo Massachusetts desde 1985, Presidente da Comissão de Relações Externas do Senado nos últimos quatro anos e candidato presidencial democrata em 2004, é uma opção segura e lógica por parte do Presidente dos Estados Unidos. Aliás, já em 2008, após a primeira vitória de Obama, John Kerry havia sido apontado como presumível Secretário de Estado. Todavia, na altura, e de forma surpreendentemente, a escolha acabou por recair em Hillary Clinton, a grande adversária de Obama nas eleições primárias desse ciclo eleitoral.
Esta notícia é também positiva para os republicanos que, além de terem conseguido derrubar Susan Rice, têm ainda a oportunidade de recuperar um lugar no Senado. Isto porque com a saída de Kerry da câmara alta, terá de se realizar uma eleição especial para substituir o futuro Secretário de Estado. Ora, o principal favorito para suceder a Kerry é precisamente um republicano. Scott Brown, que perdeu o seu lugar no Senado nas últimas eleições para a democrata Elizabeth Warren, tem todas as possibilidades de recuperar o seu lugar numa eleição especial, com uma afluência às urnas muito inferior àquela que se observa quando as eleições para o Senado coincidem com as eleições presidenciais, como foi o caso de 2012.
Assim, e dado que John Kerry é mais do que qualificado para o cargo de Secretário de Estado, tudo indica que a sua confirmação pelo Senado será rápida e pouco atribulada, dado que a sua nomeação para o Departamento de Estado agrada aos dois partidos e, claro está, ao próprio Kerry que tem, desta forma, a oportunidade de fechar com chave de ouro uma distinta carreira política.
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